Me Livrando 24: Lobo de Rua #celebreoqueénosso
Para quem não sabe, nos próximos dias 22 e 23 de agosto estará acontecendo a Quinta Edição da Maratona Literária Me Livrando. Geralmente deixamos os livros da lista de leitura à escolha do participante, desde que respeite a nossa única regra: ser livro de fantasia. Pois bem, a quinta edição será diferente. Meus participantes lindos e maravilhosos incentivaram e apoiaram esse novo projeto de valorização de nacionais, por isso a quina edição será totalmente brazuca! E foi aproveitando essa temporada temática de #celebreoqueénosso que eu entrei de cabeça na novela da Jana P. Bianchi - não apenas uma autora parceira, mas também uma amiga do Clube de Autores de Fantasia e da vida. <3

Lobo de Rua é a nossa introdução ao universo de A Galeria Creta, por isso é o livro 0.5. Mas o que seria, exatamente, A Galeria Creta? Bem, é um romance em desenvolvimento da talentosíssima Jana P. Bianchi, uma fantasia urbana ambientada em São Paulo. Lobo de Rua vem não apenas com o objetivo de preparar o terreno para o primeiro livro da série, mas também para mostrar que a Jana não está de brincadeira.
Logo de cara conhecemos Raul. Ele é um garoto morador de rua, sem muita sorte na vida e, como se não bastasse, sofre de uma condição não muito legal. Nós o conhecemos em um momento de vulnerabilidade e logo nos primeiros capítulos vemos o tormento que o acomete todo mês. É uma dor nauseante, descrita de forma que me causou arrepios porque sempre que leio, imagino que acontece comigo. Então ali estava o pequeno Raul com dores terríveis nas articulações, febre, diarreia, sangue saindo dos ouvidos, olhos e nariz. Um cenário não muito agradável que quase culminou no despertar da coisa que o habita.
O que exatamente seria essa coisa?, você se pergunta. Bem, um lobisomem. Todo mês, o lobisomem que há no pequeno Raul desperta, deixando o psicológico e a integridade física do garoto completamente abalados. Embora relute em chegar à essa conclusão, para o leitor fica bem claro. Ele sofre de licantropia... Mas (in)felizmente não está sozinho.
Tito Agnelli é aparentemente o único outro lobisomem de São Paulo; ele e Raul formam a sua Alcateia, onde o primeiro é o lobisomem alfa. E assim a vida segue, a relação mestre-aprendiz cresce e outros personagens são apresentados, dando destaque à Soraia e ao fantástico (e assustador) Minotauro.

Minha opinião sobre Lobo de Rua é: Uma obra que não decepciona e que eu recomendaria a você que gosta de fantasia urbana e quer apreciar nossos autores. Além disso, se você mora em São Paulo, melhor ainda! Eu nunca visitei a cidade, então não me identifiquei com o ambiente, o que de forma alguma interferiu na leitura, mas a teria deixado mais gostosa. O cenário foi bem construído, assim como os personagens, que mesmo sendo poucos foram tratados com carinho pela Jana: a gente percebe que cada um deles recebeu a atenção de que precisava para ter uma boa caracterização. Além disso, foi muito legal acompanhar a evolução da relação de Raul e Tito, que a Jana conseguiu conduzir de forma bem crível e lógica, deixando bem claro que aquela afetividade se forma e cresce com o tempo. Mesmo com poucas páginas, eu certamente me apeguei aos personagens.

O que exatamente seria essa coisa?, você se pergunta. Bem, um lobisomem. Todo mês, o lobisomem que há no pequeno Raul desperta, deixando o psicológico e a integridade física do garoto completamente abalados. Embora relute em chegar à essa conclusão, para o leitor fica bem claro. Ele sofre de licantropia... Mas (in)felizmente não está sozinho.
Tito Agnelli é aparentemente o único outro lobisomem de São Paulo; ele e Raul formam a sua Alcateia, onde o primeiro é o lobisomem alfa. E assim a vida segue, a relação mestre-aprendiz cresce e outros personagens são apresentados, dando destaque à Soraia e ao fantástico (e assustador) Minotauro.


Minha opinião sobre Lobo de Rua é: Uma obra que não decepciona e que eu recomendaria a você que gosta de fantasia urbana e quer apreciar nossos autores. Além disso, se você mora em São Paulo, melhor ainda! Eu nunca visitei a cidade, então não me identifiquei com o ambiente, o que de forma alguma interferiu na leitura, mas a teria deixado mais gostosa. O cenário foi bem construído, assim como os personagens, que mesmo sendo poucos foram tratados com carinho pela Jana: a gente percebe que cada um deles recebeu a atenção de que precisava para ter uma boa caracterização. Além disso, foi muito legal acompanhar a evolução da relação de Raul e Tito, que a Jana conseguiu conduzir de forma bem crível e lógica, deixando bem claro que aquela afetividade se forma e cresce com o tempo. Mesmo com poucas páginas, eu certamente me apeguei aos personagens.
Apenas uma coisa me incomodou: a alternância dos pontos de vista. Mesmo com a narração brilhante da Jana, é um recurso um pouco arriscado a se utilizar, especialmente se elas acontecem de forma constante. Mesmo George R. R. Martin desagrada alguns dos leitores ao ficar mudando o ponto de vista a todo instante, sabe? Algumas vezes eu, pelo menos, tinha de retornar capítulos e capítulos para lembrar o que aconteceu com um personagem antes de iniciar um novo POV seu. A confusão que a alternância da Jana causou não foi assim tão grande, mas incomodou um pouquinho. Nada, no entanto, que ela não possa aprimorar, porque talento a moça tem - e de sobra.
Enfim, minha palavra final é: você mal vai notar quando as páginas acabarem. Aproveite, pois está diante de uma obra no Brasil, do Brasil, para o Brasil. Jana é definitivamente uma autora que me representa.
Enfim, minha palavra final é: você mal vai notar quando as páginas acabarem. Aproveite, pois está diante de uma obra no Brasil, do Brasil, para o Brasil. Jana é definitivamente uma autora que me representa.
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