Me Livrando 15: Alvores - A Liga dos Artesãos
É ótimo ter você por . Espero que goste do Me Livrando versão 2.0! Como você deve ter percebido, tentamos colocar um pouco mais de interação por aqui. Também dividimos as categorias para facilitar o entendimento, acrescentamos nossos autores parceiros e demos uma atualizada na lista de editoras (agora também somos da Giz Editorial!). Ah, agora você ficará atualizado quanto às nossas promoções. Estão acontecendo duas agora, que você confere no gadget lá embaixo. Pedimos paciência porque ainda há coisinhas para serem ajustadas, mas logo estaremos ok!
E sim, estou postando às 23:33 do dia 12 de maio porque meu feriado e a segunda foram bem cheios, então esse post (que deveria ter saído no sábado) só está sendo postando hoje :/ Enfim, sem mais enrolações, vamos à resenha de um livro nacional maravilhoso. ❤

A Liga dos Artesãos é o primeiro volume da série Alvores - Tales I, do autor curitibano Lauro Kociuba (foto ao lado). Foi publicado de forma independente e tem 272 páginas. Você pode adquirir aqui seu exemplar autografado com dedicatória do autor! Encontre-o: Skoob || Orelha de Livro || Goodreads.


Exemplar adquirido em parceria com o autor.
Alvores - A Liga dos Artesãos é a primeira obra do autor Lauro Kociuba, que também é blogueiro e administra o PaisGeeks. Publicou sua obra com financiamento coletivo do Catarse, o que de modo algum o prejudicou: a diagramação, a capa, o acabamento, a revisão... Tudo maravilhoso. Eu não quero ter um ataque fangirl aqui e agora, mas logo abaixo você descobrirá porque esse foi (e provavelmente será) o único livro com menos de cinco estrelas que ganhou uma coroa de favorito.
A premissa de Alvores não é muito complicada. Com uma narração em terceira pessoa, logo no prólogo somos apresentados ao universo do livro com explicações consistentes de fatos do passado que refletem no presente, como a Grande Guerra, por exemplo. Ela foi travada em paralelo com as nossas Guerras Mundiais entre os elfos e orcs, ambos com seus respectivos aliados, incluindo os encantados (descendentes de elfos e humanos) e os mestiços (descendentes de orcs e humanos). Aprendemos também o significado de alvores: são todas as criaturas fantásticas que habitam este mundo, sendo que há cada vez mais orcs e menos elfos. A reunião do Conselho Élfico que acontece no prólogo, então, torna-se mais uma busca pela sobrevivência da raça. Decide-se que todos irão se espalhar ao redor do mundo para tentar reunir os elfos e encantados que restaram. É aí que nosso Tales entra.
Tales, então com 11 anos, é filho de um casal de encantados, Evana e Moro. Eles deixam-no aos cuidados de Aer'delo, o elfo que organizou a reunião, enquanto durar sua viagem na missão de salvar a raça. É então que o livro começa.
No capítulo 1 Tales já tem 15 anos e está morando em Curitiba com Aer'delo. Cenários familiares aos moradores da cidade são citados, como a Igreja dos Rosários e a Praça Garibaldi. Tales está em uma missão de vigília quando os planos fogem do esperado e ele acaba sendo visto pelo mestiço que está vigiando. É nessa confusão que ele acaba conhecendo dois anões, Bro-Thur e Bro-Muir, que se tornam muito importantes para a história e levam-no à cidade subterrânea oculta dos anões, Khur. Há uma trama maior envolvendo todos, e mais uma vez elfos e anões precisarão fazer uma aliança, assim como foi na Grande Guerra: Shkreene, um mestiço capturado pelos irmãos Bro-Thur e Bro-Muir, está atrás do Berserker, o que significa que os outros da raça também estão. Se eu explicar sua função levarei mais um parágrafo imenso, então deixarei que você descubra.
Fica aqui a menção honrosa para Marcel, o bardo; Ael'evendi, um antigo elfo "adormecido"; Bur-Daem e Bur-Tuir, rei e príncipe de Khur respectivamente; e a fofa filha de Bro-Thur, Bro-Nae. Todos, além de Tales, Bro-Thur e Aer'delo, foram meus personagens favoritos.
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Apaixonada pela Bro-Nae (e pela minha coleção de Hora de Aventura da McDonald's <3) |
Minhas Impressões
A narração de Lauro Kociuba lembra, em muitos aspectos, Tolkien. Sei que ele foi uma de suas inspirações, assim como Gaiman e Rothfuss. Com essa tríade de peso influenciando o autor, o mínimo que você espera é uma obra boa, mas Lauro conseguiu ir muito além: ainda que haja um quê tolkeniano em seu estilo de escrita, também há uma coisa só sua. É o estilo Kociuba. Uma espécie de narração-conversa com o leitor que prende você até o final, com um ingrediente secreto que não consigo decifrar, mas sei que existe. O único probleminha, na minha opinião, foi o epílogo - achei corrido demais, por isso o livro não levou as cinco estrelas... Mas mereceu uma coroa, pois definitivamente tornou-se um dos meus favoritos. Sobre a capa: nem preciso falar nada, certo? Sou totalmente apaixonada por capas simples e em uma conversa com o autor descobri que ele se inspirou na capa de outro livro que amo, As Aventuras do Caça-Feitiço. Assim como nas obras de Delaney, Alvores imita couro e tem o símbolo do clã Bur em alto relevo dourado. Apaixonante.
Quanto aos personagens, eu adorei a construção de cada um e o modo como seus passados foram apresentados, especialmente os de Marcel e dos irmãos Bro-Thur e Bro-Muir. Ainda que o livro tenha tido poucas páginas, consegui me apegar a muitos deles, mas tive uma conexão especial com Ael'evendi. Ah, quase esqueço: Trot, o Deus da Sorte, é mencionado por Bro-Thur e isso me chamou atenção para a mitologia dentro da mitologia criada por Lauro: espero que nos próximos livros possamos conhecer os deuses e crenças dos alvores. Fica aqui meu agradecimento ao Trot por ter topado com a obra de Lauro, cuja obra sempre terá um lugar reservado na minha estante (e no meu coração).
Meu conselho à , é que leia. Estou lhe dizendo: você não vai se arrepender. Sendo iniciante no mundo da aventura e fantasia ou não, sei que irá gostar. Caso contrário, pode vir aqui puxar minha orelha. Mas ei, acredite em mim. O modo como o mundo dos alvores e o "mundo real" se mistura é tão verossímil que tenho certeza que você irá no Passeio Público procurar resquícios do que aconteceu por lá, como a rachadura na "curiosa construção" na ilhota.
- Bro-Muir, irmão de Bro-Thur, trai a todos e ajuda Shkreene a escapar, assim como o orienta sobre a possível localização do Berserker;
- Mas em seguida ele se arrepende, volta para ajudar o irmão e no final morre para salvá-lo;
- Os pais de Tales reaparecem no final do livro com uma irmãzinha para o garoto, a Bia;
- Aer'delo desaparece no confronto de Tales, Marcel e o príncipe Bur-Tuir contra os mestiços no Passeio Público;
- Ael'evendi é avô de Tales, pai de Evana, e estava envolvido nas pesquisas de Sangue de Dragão como combustível para o Berserker, máquina de combate que mudou a balança na Grande Guerra e deu a vitória aos elfos. Depois da guerra, todos os pesquisadores e suas famílias começaram a ser mortos, então Ael'evendi fugiu para a África, afastando-se de Evana e da esposa para mantê-las seguras. Acabou sozinho e isolado, encontrando uma única solução para si: entrar no estado de Torpor, ou seja, seu corpo teria os instintos básicos de sobrevivência, mas sua essência se separaria deste. É assim que Ael'vendi está no início do livro... E no epílogo ele bruscamente retorna, dizendo que Aer'delo tocou o sino e convocou todos os elfos de volta (o que não é muito bom).
Avaliação final:
SPOILERS ABAIXO
- Bro-Muir, irmão de Bro-Thur, trai a todos e ajuda Shkreene a escapar, assim como o orienta sobre a possível localização do Berserker;
- Mas em seguida ele se arrepende, volta para ajudar o irmão e no final morre para salvá-lo;
- Os pais de Tales reaparecem no final do livro com uma irmãzinha para o garoto, a Bia;
- Aer'delo desaparece no confronto de Tales, Marcel e o príncipe Bur-Tuir contra os mestiços no Passeio Público;
- Ael'evendi é avô de Tales, pai de Evana, e estava envolvido nas pesquisas de Sangue de Dragão como combustível para o Berserker, máquina de combate que mudou a balança na Grande Guerra e deu a vitória aos elfos. Depois da guerra, todos os pesquisadores e suas famílias começaram a ser mortos, então Ael'evendi fugiu para a África, afastando-se de Evana e da esposa para mantê-las seguras. Acabou sozinho e isolado, encontrando uma única solução para si: entrar no estado de Torpor, ou seja, seu corpo teria os instintos básicos de sobrevivência, mas sua essência se separaria deste. É assim que Ael'vendi está no início do livro... E no epílogo ele bruscamente retorna, dizendo que Aer'delo tocou o sino e convocou todos os elfos de volta (o que não é muito bom).
Um pouquinho mais...
Pedi para que o Lauro definisse Alvores e seu universo. A resposta foi a seguinte:
E então, você gostou? O livro pode ser adquirido na Amazon ou na loja online do Facebook. Você também pode adicionar o livro ao Skoob e ao Goodreads. No blog do livro o Lauro liberou um capítulo de Haakon, você pode conferir aqui. Você pode entrar em contato com o autor pelo Facebook ou e-mail. Quanto ao ilustrador, Erike Miranda, ele foi magnífico nessa edição belamente ilustrada. Este é o seu site, e no Facebook você encontra muitas ilustrações fantásticas.
Alvores é um universo. Mais do que uma série de livros, é o nosso mundo sob a cortina. E os livros que escrevo são partes dessa história. Tales foi o primeiro a sair, que pediu livro próprio. Estou no prólogo da continuação (Tales II - Campanha de Sangue - nome provisório); Haakon foi o segundo, começou tímido em 2 páginas de um conto natalino num vilarejo medieval nórdico e hoje está a 50% do seu livro, com 12 mil palavras, será Haakon I - Estações de Caça. Não sei o que Alvores vai me oferecer mais, mas trabalharei para traduzir em palavras o que ele me der. E não sei quantos serão. Serão tantos quantos forem necessários para contar as histórias, e mais, muito mais. Minha mente diz que para o primeiro ciclo do Tales serão uns 4 livros, mas meu coração pede para não afirmar isso.
E então, você gostou? O livro pode ser adquirido na Amazon ou na loja online do Facebook. Você também pode adicionar o livro ao Skoob e ao Goodreads. No blog do livro o Lauro liberou um capítulo de Haakon, você pode conferir aqui. Você pode entrar em contato com o autor pelo Facebook ou e-mail. Quanto ao ilustrador, Erike Miranda, ele foi magnífico nessa edição belamente ilustrada. Este é o seu site, e no Facebook você encontra muitas ilustrações fantásticas.
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