Viver sem ler é perigoso.

No Jutsu 05: O anime esportivo da vez - Kuroko no Basket


A partir dessa coluna para as futuras, vou começar a listar as novidades (relativamente falando) e fazer um resumo da obra – e de vez em quando vou relembrar alguns clássicos e encerrados, claro. Aceito sugestões de animes que gostaram, ou que ouviram falar, ou que ainda não tiveram tempo para conferir. Comentem! Bem vindos de volta ao #NoJutsu!


Título Anime: Kuroko no Basket / 2 temporadas de 25 episódios cada, no momento em exibição a 3ª Temporada.
Status do Anime: Aprox. 20min. por episódio, semanal, em exibição 3ª Temporada.
Título Mangá: O Basquete de Kuroko / Kuroko no Basuke / Kuroko no Basket / Kuroko’s Basketball / The Basketball which Kuroko Plays
Mangaka: Tadatoshi Fujimaki
Status Mangá: Encerrado em 30 volumes – Publicado pela revista Weekly Shonen Jump no Japão de 2008 a 2014. Distribuído e Licenciado pela Panini Comics Brasil.
Gêneros: Shounen, Esportes, Comédia, Drama, Vida Escolar
Onde encontrar o mangá: Distribuído e licenciado pela Panini.
Onde encontrar o anime: Kuroko no Basket encontra-se online com áudio original e legendado por fansubs online espalhados pela internet, mas o site Crunchyroll o exibe para assinantes, uma hora depois de estrear no Japão, legendado e com ótima qualidade de imagem.

 O Clube de Basquete da Escola Teiko. Um time incrivelmente forte com mais de uma centena de membros e três vitórias consecutivas em campeonatos. Entre seu recorde de vitórias, havia uma geração de cinco prodígios, conhecida como ‘Geração dos Milagres’. Porém, circulava um estranho boato na ‘Geração dos Milagres’. Apesar de ser relativamente desconhecido, e sem muitos registros de jogos, havia mais um membro reconhecido pelos cinco prodígios. Um sexto jogador fantasma.


Kuroko no Basket. O anime de esportes do momento! Tentarei a todo custo fazer a resenha crítica sem liberar spoilers fundamentais do anime, espero que gostem, que assistam, é muito bom mesmo. Estou adorando a terceira temporada! Vamos lá!
Time de basquete do Colégio Seirin. Vaaaii, Seirin!!

            Demorei pra assistir esse anime. Sou dessas que me atraio pelo traço do desenho, e estava querendo assistir a algum shounen novo, mas que tivesse traços interessantes. Já que Naruto perdeu o interesse no anime pra mim, e o mangá já tinha encerrado, além do meu shounen preferido estar em eterno hiato, resolvi vasculhar algo diferente para assistir. Como (acho que) mencionei anteriormente, em questão de animes, só assisto a shounens, não gosto de assistir a shoujos e romances clichês – esses eu leio os mangás. Eu queria um anime shounen, pois minha lista de leitura que estou acompanhando só cresce. Minha busca começou ao verificar os animes da temporada no site (a bíblia) Genkidama (www.genkidama.com.br), e vi que Kuroko estava fazendo sucesso e iria para a terceira temporada. Arrisquei – gostei do traço, do enredo e dos personagens. E gente, como é viciante.
            Animes com temática esportiva não surgem com tanta frequência e nem fazem tanto sucesso no Japão. Mas quando fazem, vira uma febre. Eu me lembro do último que fez tanto sucesso que veio para a terra tupiniquim com o título de Super Campeões (Título Original: Captain Tsubasa). Alguém lembra? Era um anime esportivo com temática de futebol. Década de 90 isso, quando a tv aberta ainda passava desenhos bons. Eu não assisti febrilmente, mas meus amigos adoravam.
Super Campeões, ou Captain Tsubasa, comemorando a vitória. Ahhh, anos 90...


            Kuroko no Basket segue a mesma linha de enredo do Tsubasa. Mas no basquete. É a história de um time que se esforça para ganhar campeonatos e superar seus limites e rivais. O personagem principal, Kuroko Tetsuya, é um garoto de estatura mediana, baixinho para um jogador de basquete, só tem 1,68m (até eu sou mais alta, tenho 1,70m), magrinho e não possui uma presença marcante em quadra. A bem da verdade, descobrimos no primeiro episódio que Kuroko nem joga tão bem (plot twist!). Mas ele ama basquete, apesar de ter que se esforçar o triplo para acompanhar qualquer jogador normal. E sim, possui uma habilidade única.

Kuroko Tetsuya, ou Tetsu, ou Kuro-chin, apelidado por membros da Geração dos Milagres

A citação em itálico no topo da coluna, é a narração do começo da primeira parte de cada episódio da 1ª Temporada do anime. O narrador nos inicia na história contando que havia um time de basquete da Escola Teiko, e eram tão bons, com cinco jogadores tão “mitosos”, que ficaram conhecidos como ‘Geração dos Milagres’. Esses cinco jogadores ainda reconheciam um sexto jogador por suas habilidades – o jogador Fantasma. Fica óbvio que se trata do Kuroko. Aí que começa – quais habilidades? Quase sobrenaturais. Gente, é anime. Entretenimento. Mas funciona. Cada jogador da Geração dos Milagres é reconhecido por uma habilidade única, e se aprimoraram a tal ponto que a equipe da Escola Primária Teiko ficou famosa pelo time de basquete. Já deu para entender que os jogos terão um quê de forçado e fantasioso, mas é por esse tempero que fica muito mais interessante, a meu ver.
Depois que o ano passou, os alunos da Geração dos Milagres se separam e cada um vai para um Colégio novo. Com o passar dos episódios, ficamos sabendo que cada qual entrou no time de basquete da nova escola. Kuroko e o time de Seirin terão que enfrentar cada um deles para atingir o objetivo de ser o melhor time de basquete do Japão.
Geração dos Milagres, ou Kiseki no Sedai. Jogadores com habilidades únicas, mitosos.

No primeiro episódio da temporada, Kuroko se inscreve para o time de basquete da sua nova escola, o Colégio Seirin. Como é costume nas escolas japonesas, as atividades extra-curriculares são exercidas e dirigidas pelos próprios alunos, e separadas em ‘clubes’: Clube de Basquete, Clube do Futebol, Clube de Boxe, Clube de Costura, Clube de Karatê, etc etc. Todos são auxiliados pelo Grêmio Estudantil, que também é formado pelos alunos que os administram em recursos e eventos, e por fim monitorados pelos professores. No Clube de Basquete do Colégio Seirin, a treinadora Riko Aida é uma aluna de aparência normal, severa e com uma conveniente ‘habilidade’ de avaliação de jogo e dos jogadores. Ela é a primeira personagem do anime que vemos usando suas habilidades para avaliar os possíveis novatos ao time.
Riko Aida - a treinadora durona

Cena do primeiro episódio: Riko Aida avaliando os novatos. Sua habilidade é....

            Aparecem muitos outros personagens com habilidades ou talento nato para alguma posição no basquete. Kagami Taiga entra para o Time de Seirin junto com Kuroko, sendo o completo oposto de Tetsu: é alto, com aparência feroz e assustadora, e se faz notar aonde vai. A história se desenvolve com a formação do time de Seirin e com as disputas dos jogos na busca pelo campeonato. Como citado, são três temporadas até então, sendo que até no momento da #NoJutsu de hoje, Kuroko no Basket está no episódio 15 da 3ª Temporada. São previstos 25 episódios cada temporada. Ainda dá pra assistir as duas temporadas e acompanhar o final da terceira temporada!


Kagami Taiga: sim, é um talento puro.
Para quem se interessou em ler o mangá, um conselho – estou acompanhando o mangá, e digo que o anime é bem melhor. A trilha sonora com solos de base de guitarras, as cenas das jogadas, a sonografia dos jogos em quadra, o traço, a dublagem japonesa, a animação, tudo é melhor. Em questão de adaptação do mangá para o anime, não se perde nada, tudo é muito bem adaptado sem perder a fidelidade. A única coisa que me irrita é que é semanal. Típico de animes shounens: quando a coisa está começando a chegar no ponto crítico, o clímax do episódio, ele acaba. Aí tenho que esperar uma semana pra ver o que aconteceu. Vantagem para quem vai começar agora desde a primeira temporada e a segunda – não tem que ficar esperando para ver o que acontece.
            Os personagens são bem clichês mesmo – o personagem caladão, o palhaço, o nervoso, o bonitão, o talentoso, o apaixonado, a gostosona, entre muitos outros. O humor é clichê: falas inesperadas – reações extremadas. Aquela ‘gotinha’ na testa quando se tem vergonha alheia. Bocas arreganhadas quando se está surpreso. Aquela veia vermelha pulsando quando se está nervoso... mas isso que faz um anime bom. Essas situações, contando que a piada seja boa e não seja excessivo. Lembrando que há pouco romance e muita luta e vontade de vencer nesse gênero de anime.

            Faltou comentar algo sobre o mangaka, Tadatoshi Fujimaki: ele recebeu ameaças por cartas para parar de publicar “esse mangá de paródia”. Sabe-se que outro mangá de basquete foi publicado pela Shounen Jump no Japão, chamado Slam Dunk, considerado um dos melhores do gênero. Slam Dunk foi um sucesso, e a história é bem mais real e menos fantasiosa do que o Kuroko no Basket, e tem aquela velha rixa de “Slam Dunk é bem melhor, sem comparação”. Caso queira algo mais centrado no basquete e menos na vontade de vencer com o uso de habilidades impossíveis, vale a pena uma lida também.







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