Folheando 09: Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida

Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus Editora
Páginas: 476
Ano: 2013
Onde comprar: Submarino || Saraiva || Americanas || Livraria Cultura
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Há uma guerra no céu. O confronto civil entre o arcanjo Miguel e as tropas revolucionárias de seu irmão, Gabriel, devasta as sete camadas do paraíso. Com as legiões divididas, as fortalezas sitiadas, os generais estabeleceram um armistício na terra, uma trégua frágil e delicada, que pode desmoronar a qualquer instante. Enquanto os querubins se enfrentam num embate de sangue e espadas, dois anjos são enviados ao mundo físico com a tarefa de resgatar Kaira, uma capitã dos exércitos rebeldes, desaparecida enquanto investigava uma suposta violação do tratado. A missão revelará as tramas de uma conspiração milenar, um plano que, se concluído, reverterá o equilíbrio de forças no céu e ameaçará toda vida humana na terra. Ao lado de Denyel, um ex-espião em busca de anistia, os celestiais partirão em uma jornada através de cidades, selvas e mares, enfrentarão demônios e deuses, numa trilha que os levará às ruínas da maior nação terrena anterior ao dilúvio – o reino perdido de Atlântida.
Pessoal, por mais que eu não goste, a comparação com A Batalha do Apocalipse é inevitável
Herdeiros
de Atlântida é o primeiro volume da série Filhos do Éden, escrita por Eduardo
Spohr, mesmo autor de A Batalha do Apocalipse e publicado pela Editora Verus. A
narrativa é em terceira pessoa, onde acompanhamos Kaira, uma ishin de fogo e
seus companheiros em uma missão.
O
livro conta os fatos sobre a guerra entre Miguel e Gabriel. Kaira e seu
guarda-costas, Zarion, um leal querubin, recebem uma missão a mando de Gabriel
para investigar uma possível violação no armistício que ocorre na Terra. Logo
no início somos apresentados a outros dois personagens: Levih, um ofanim e
Urakin, um querubim. A missão desses dois é de encontrar Kaira e Zarion que
estão desaparecidos.
Os
dois encontram a ishin em Santa Helena, uma cidade fictícia, que se localiza na
região Serrana do Rio de Janeiro. Porém, ao contar porque eles estavam ali,
Kaira não se recorda nem de que era uma anja, já que teve sua memória apagada
por Yaga, uma hashmalin. Ela também não se lembrava de Zarion, que não foi
encontrado.
Após
isso, eles são atacados por Yaga e seus comparsas, e Kaira se fere gravemente.
Levih e Urakin conseguem salvá-la, porém precisam lavá-la ao porão de Denyel,
um anjo exilado. A trama gira em Kaira se lembrar de quem realmente era para
assim conseguir recuperar todos os seus poderes, o que aconteceu para que ela
tenha perdido a memória, qual era sua missão e por fim, executá-la. Existem
alguns flashbacks, que em sua maioria mostra um pouco mais sobre o passado de
Denyel.
Mas
pera, existem muitos tipos de anjos, vou explicar alguns. Ishins são anjos
ligados as forças elementais, como o Fogo, que Kaira consegue manipular. Os
Querubins são os anjos guerreiros, possuem olfato aguçado e podem enxergar em
completa escuridão. Ofanins são os anjos da guarda, são extremamente pacifistas
e evitam o combate. Hashmalins são anjos que possuem poderes psíquicos capazes
de alterar lembranças e outras coisas mais. Os exilados são anjos que não
responderam ao chamado de Miguel, se tornando espiões do arcanjo no plano
físico. A trama gira em Kaira se lembrar de quem realmente era, o que aconteceu
para que ela tenha perdido a memória, qual era sua missão e por fim,
executá-la.
Uma
coisa interessante do livro é o fato dos personagens serem menos poderosos que
os presentes em A Batalha do Apocalipse. Ao contrario desse último, as lutas
são muito mais verossímeis a nossa realidade. Os personagens raramente usam
espadas angélicas, na maioria dos casos as lutas são compostas por socos e
pontapés ,em algumas situações, também são usadas armas de fogo.
Um
fato que melhorou muito foi a maior distribuição de capítulos ao decorrer do
livro. Cada capítulo tem no máximo dez/quinze páginas, o que gera uma leitura
muito mais rápida e fluida, ao contrário da A Batalha do Apocalipse, em que a
maioria dos capítulos tinham quase quarenta páginas.
Minhas Impressões
Apesar de não ser tão épico quanto A Batalha do Apocalipse, Herdeiros de Atlântida é muito bom no que propõe. Os personagens são muito bem construídos e possuem suas próprias motivações. A trama é muito envolvente e a leitura é extremamente rápida e agradável. Os flashbacks, fato que reclamei em minha análise da Batalha, são menores e mais constantes, o que ajuda a manter a atenção no assunto principal. O livro até que possui um romance, mas o autor não deu muita importância para esse lado(o que na minha opinião é bom haha). Comecei a leitura sem saber muito bem do que essa nova série do Spohrverso se tratava para ter o máximo de surpresas possíveis e olha, tive muitas rs. Minhas expectativas em cima dessa série eram muito altas e Herdeiros de Atlântida conseguiu superá-las. Vamos ver se Anjos da Morte consegue manter o mesmo nível desse. Só não dou cinco estrelas porque não entendi o Epílogo, talvez o que ocorreu seja explicado nos próximos livros.
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