Viver sem ler é perigoso.

Resenha de Séries 04: Game of Thrones S05E01 - The Wars To Come




Olha, acho que posso dizer que este não foi o episódio mais emocionante de Game of Thrones. Na verdade eu até o achei meio parado demais... Mas tudo bem. Segundo os spoilers que recebi de quem viu os outros (quatro episódios vazaram até o momento), não será uma temporada decepcionante com toda a certeza. E vale aqui um aviso antes de começar a resenha: se você ainda não assistiu nem um episódio e não gostaria de receber spoilers, o aconselho a fechar o blog agora mesmo.





Título da Série: Game of Thrones
Temporada: 5ª
Episódio: 01 - The Wars To Come
Duração: 52 minutos aprox.
Ano de Produção: 2014
Estreia: 12 de abril de 2015
Criadores: David Benioff e D. B. Weiss
Classificação: 18 anos
Não há avaliação "em estrelas" porque está é uma resenha apenas do primeiro episódio, não da temporada.
Mais informações aqui.

Jon Snow está lutando para balançar as demandas da Patrulha da Noite com as demandas do recém-chegado Stannis Baratheon, que se auto-intitula como o legitimo rei de Westeros. Enquanto isso, Cersei luta para manter o poder em Porto Real no meio dos Tyrells e da ascensão de um grupo religioso liderado pelo enigmático Alto Pardal, enquanto Jaime embarca em uma missão secreta. Além do Mar Estreito, Arya procura um velho amigo e um fugitivo Tyrion encontra uma nova causa. E quando o perigo surge em Meereen, Daenerys descobre que seu governo na cidade requer duros sacrifícios. 
ESTA RESENHA CONTÉM SPOILERS.
Se quiser evitá-los, pule para a análise em imagem no final do texto. 



        Ok, agora que você está aqui por livre e espontânea vontade, posso começar a falar do episódio. Preciso mencionar algo que provavelmente não teria notado se não estivesse assistindo com meu namorado: Winterfell no tema de abertura. Os mais atentos notaram ou notarão o que me escapou: o eterno lar dos Stark aparece reconstruído. Ué, Celly, como assim? É bem simples. Prestem atenção nas imagens abaixo.


        Como você pôde notar, na temporada passada Winterfell aparecia sempre destruída. Na nova ela aparece novinha em folha. Sabemos que isso se deve aos Bolton, que assumiram o castelo e aparentemente o restauraram... Mas será que há outro significado por trás? Bem, provavelmente não, mas é legal imaginar conspirações e teorias.
Agora vamos ao episódio em si. Logo de cara nos deparamos com uma Cersei jovem, brilhantemente interpretada por Nell Williams, que conseguiu imitar com maestria os trejeitos de Lena Headey enquanto a Lannister que todos amamos odiar. Sério, gente. Vocês precisam assistir para entender do que estou falando.



A jovem Cersei, então com 10 anos, encontra-se acompanhada de uma amiga cujo nome não é mencionado (no livro são duas: Jeyne Farman¸que não tarda a fugir, Melara Hetherspoon, que acompanha Cersei até o final). Quem leu o livro sabe que trata-se do flashback de uma das mais aterrorizantes lembranças de Cersei: quando ela visita Maggy a Rã, uma maegi de Lannisporto, para saber mais sobre o seu futuro. Jeyne/Melara está bem insegura quanto à visita, especialmente com medo de Tywin Lannister, mas Cersei é categórica: elas irão até lá, tudo ficará bem e seu pai não deve ser temido.
Quando Cersei entra na tenda de Maggy, eu sinceramente esperava encontrar algo semelhante ao livro:

Os olhos da velha eram amarelos, e seu rosto era encrostado por algo maligno. (...) Ela era pequena, curta e encurvada, e sua mandíbula tinha pelos esverdeados. Seus dentes tinham ido embora e seus seios chegavam aos joelhos. Era possível sentir o cheiro da doença se chegasse perto demais dela (...).


Ué, e os seios que chegam nos joelhos?

   É, essa é a Maggy da série. Mas não foi a única que pecou pelo excesso de beleza, lá embaixo tem mais uma pérola (sem mencionar o Peter Dinklage, que sempre será bonito demais para Tyrion Lannister).
Cersei, um amorzinho como sempre e a arrogância em pessoa, exige que Maggy preveja seu futuro – caso contrário irá mandar arrancar seus olhos. Depois de uma risada sarcástica, a maegi oferece um punhal à Cersei, que o usa para cortar um dos dedos. Maggy avisa: “você terá três perguntas, mas não gostará das respostas”. A garota parece hesitar por um momento, mas logo se recupera e empina o nariz, orgulhosa. As perguntas e respostas são:

Cersei: Eu fui prometida ao príncipe. Quando nos casaremos?
Maggy: Você não vai se casar com o príncipe. Vai se casar com o rei.
Bem, o príncipe referido, como a maioria sabe, é Rhaegar Targaryen, com quem Cersei sonhava em sua juventude. Já o rei, óbvio, trata-se de Robert Baratheon. O interessante dessa pergunta é que ela deu margem à seguinte:

Cersei: Mas eu serei rainha?
Maggy: Sim, rainha será. Por algum tempo. Então outra surgirá. Mais jovem, mais bonita. Ela tomará seu lugar e roubará tudo aquilo que você ama.”
A pergunta de um milhão de dólares! Cuja resposta praticamente traumatizou a “pobre” Lannister para o resto de sua vida. Eita, Cersei! Segura esse forninho, cara. Cê tá ferrada.

Cersei: Eu terei filhos com o rei?
Maggy: Não. O rei terá 20 filhos. E você terá 3.
A jovem Lannister responde que isso não faz sentido, mas a gente sabe que faz sim (rs). Tudo bem que no livro Robert tem “apenas” 16 filhos, mas todos sabemos que nem um deles é com a Cersei, que tem três com Jaime Lannister, seu irmão do coração. Para completar o terror, a maegi termina:
Maggy: De ouro serão suas coroas. De ouro serão suas mortalhas.
É, meus amigos. O amado Joffrey Baratheon já se foi, agora aguardemos pela morte de MyrcellaTommen. Não, não estou dando spoilers extras até para quem leu alguns dos livros: eles realmente não morreram até A Dança dos Dragões, mas não precisa ser muito esperto para concluir que irão sim, pelo menos de acordo com a profecia de Maggy.

Senti falta de um trecho que acredito que outros fãs também perceberam. Um trecho que até acho importante, aliás. É apenas um dos motivos para Cersei odiar tanto Tyrion... Nos livros, quando responde à última pergunta da garota, Maggy acrescenta: “E quando suas lágrimas te afogarem, ovalonqar deve envolver as mãos sobre sua garganta pálida e sufoca-la até a morte”.
Cersei, a fofa, pergunta o que é um valonqar, e em seguida acusa Maggy de ser uma sapa mentirosa, uma velha selvagem e fedida, e diz que não acredita em nem uma palavra do que a bruxa disse. Ela chama Melara para ir embora, mas a garota pede por suas perguntas, afirmando que tem direito a fazê-las. A primeira é: se casará com Jaime? Cersei a xinga mentalmente e Maggy responde: “Nem Jaime, nem qualquer outro homem, - disse Maggy – vermes terão a sua virgindade. Sua morte está aqui esta noite. Pode cheirar seu hálito? Está bem perto”. É, previsão um pouco sinistra essa. E se cumpre. Quem a mata é a própria Cersei, mas isso não vem ao caso (ou vem?).

Então a série volta ao presente. Estamos agora com a Cersei atual, indo ao Grande Septo de Baelor para velar o corpo do pai. Além de alguns devotos da Fé Militante e do Alto Septão, quem também faz uma breve aparição nesse momento é a Margaery Tyrell, sempre tão meiga, fofa e inocente.


Sinceramente, essa tradição de como velar os corpos dos mortos que sempre vemos em Porto Real chega a ser hilária. Eu não posso ter sido a única que riu quando viu o Tywin.

Você tem belos olhos, senhor.


        Jaime e Cersei têm a primeira interação na temporada. Ambos estão ali, diante do corpo do pai: ela como filha e rainha regente, ele como filho e cavaleiro da Guarda Real. Cersei começa a conversa tentando repreender o irmão por ter optado por um futuro totalmente contrário ao que o pai desejava, mas Jaime não alimenta muito essa vertente do diálogo. Ele dá um aviso bem sensato: há muita gente ambiciosa lá fora. Muita gente que irá tentar tirar deles o que o pai lhes conseguiu, lhes construiu.
Cersei discorda: o verdadeiro inimigo não está lá fora. Trata-se do homem que matou seu pai. Quem? Isso mesmo, o little monster da Cersei (se você reparar, ela adora chamá-lo assim), nosso amado duende. E ela vai mais além: pergunta retoricamente se Jaime o libertou. Retoricamente porque sim, ela sabe a resposta, e completa: “Tyrion pode ser um monstro, mas pelo menos ele matou nosso pai de propósito. Você o matou sem querer. Por estupidez”. Cersei continua o chamando de inconsequente e impulsivo, ao que Jaime responde com puro e completo silêncio.


No fim da cena Cersei planta um beijo na testa do pai, o que duvido que fosse acontecer se eles fossem fieis ao livro. O corpo de Tywin Lannister está tão podre e com um odor horrível que durante o velório Tommen vomita. Beijinho na testa? Só se Cersei fosse retardada. Mas na série tudo bem, visto que ele estava limpinho e praticamente em perfeito estado.
A série corta para o arco de Tyrion, que desembarca de um navio em Pentos dentro de uma caixa de madeira e é carregado até Lorde Varys. Tyrion, o que não é de se espantar, está ainda mais maltrapilho e barbudo do que na temporada passada. Há um breve diálogo sobre a necessidade de Tyrion ter zarpado num caixote, sem qualquer importância, então em seguida Tyrion olha ao redor e indaga: “Pentos?”. Varys responde que aquele é o lar de um velho conhecido nosso, Illyrio Mopatis (o mesmo que no início de A Guerra dos Tronos ajudou Daenerys e Viserys Targaryen). Varys continua dizendo que se conheceram num grupo de pessoas que queria os Targaryen de volta ao poder. Segundo ele: “Westeros precisa ser salvo de si mesmo” (o que não deixa de ser verdade).


Tyrion está concentrado em seu vinho, então não responde Varys. O eunuco o chama por “meu lorde”, ao que Tyrion retruca dizendo que não o é e continua: “Você é um lorde se matar o seu pai?”. Varys até que tenta convencê-lo a entrar numa conversa sobre o futuro de Westeros, mas é sumariamente ignorado em seu anseio.

Agora estamos em Meereen com a controversa Daenerys Targaryen – odiada e amada em proporções iguais pelos fãs da série e dos livros. Os Imaculados derrubam a estátua de bronze da harpia que fica sobre o topo da Grande Pirâmide. Até o momento, a série havia abordado acontecimentos de O Festim dos Corvos, mas aqui ela dá uma adiantada e pega uma parte de A Dança dos Dragões. Logo após o feito, acompanhamos um dos Imaculados, que mais tarde sabemos chamar-se Rato Branco, encaminhando-se a um bordel.
Mas opa, espere um segundo. Os Imaculados não são... eunucos? É, eles são. Mas não tome conclusões precipitadas como eu.
Rato Branco dá uma moeda à prostituta e a cena corta para ambos num quarto. A mulher começa a tirar a roupa do Imaculado, mas é impedida quando tenta tirar as vestes de baixo. Quanto às suas próprias, ela tira apenas a parte de cima. O que eles fazem? Bem...



É, ele pagou à prostituta para deitar-se com ele cantarolando uma melodia e lhe fazendo cafuné na careca. Vai entender os Imaculados, né? Gente que escolhe Rato Branco e Verme Cinzento como nome não pode ser normal.

Estaria tudo bem até aí, não fosse por um detalhe: a prostituta estava de complô com os Filhos da Harpia e Rato Branco acaba tendo a garganta cortada. Fim do cafuné.



A cena corta para Daenerys, que está acompanhada por MissandeiVerme CinzentoBarristan Selmy e um rapaz chamado Mossador, aparentemente um jovem meereenense que serve Daenerys. Sor Barristan apresenta a máscara acima, que foi deixada sobre o corpo de Rato Branco. Frase de efeito vai, frase de efeito vem, Daenerys diz em muitas palavras o que poderia ter resumido em poucas: a situação está bem complicada em Meereen e isso não a agrada nem um pouco. Em seguida ela pergunta a Verme Cinzento o nome de Rato Branco e estabelece que ele tenha um enterro digno com todas as honrarias devidas no Templo das Graças, o templo sagrado de Meereen. Você pode até pensar que ela está sendo legal, mas tem uma segunda intenção por trás desse suposto ato de bondade: ela quer atiçar os Filhos da Harpia.
Ok, agora temos a cena MAIS DESNECESSÁRIA do episódio. Sério. É a HBO tentando nos empurrar goela abaixo o romance entre Missandei e Verme Cinzento... Ela o segue, pede para lhe falar a sós e pergunta sobre Rato Branco, se era verdade que estava em um bordel. Quando Verme responde que sim, ela pergunta o motivo de eles irem ao bordel, recebendo como resposta “não sei”. Então ele vai embora, fim. Oi? Não vou nem falar do quanto fiquei indignada com essa cena que poderia ter sido aproveitada com algo que acrescentasse à trama.
Felizmente o arco muda. Agora estamos com Jon Snow na Muralha, que está treinando o Olly(aquele mesmo garoto arqueiro que matou a Ygritte). É um treino de espadas, onde Jon tenta ensinar a Olly que ele está fazendo errado ao não erguer o escudo.
A câmera foca em Samwell Tarly e em Goiva, que está reparando algum manto da patrulha sentada próxima ao pátio de treinamento. Logo Sam fala sobre a necessidade de a Patrulha da Noite ter um líder forte, daí Alliser Thorne, um candidato a novo Senhor Comandante, Janos Slynt nos são mostrados. Após um comentário bem estimulante de Thorne (“Não são solados.”), a Goiva deixa óbvio o que todos sabem: ele não gosta dela. Assim como não gosta de nem um selvagem. Sam tenta tranquilizá-la dizendo que Denys Mallister concorre com Alliser e que provavelmente irá ganhar, assim ela não deve se preocupar em ser expulsa junto com seu filho.

Sam: Aonde você for, eu irei também.
Goiva: Não pode ir embora. Executarão você.
Sam: (silêncio e sorrisinho amarelo).


Mais uma vez foca-se no treinamento de Jon e Olly, que é interrompido pela convocação deStannis BaratheonMelissandre de Asshai aparece lá, dizendo que o true king quer vê-lo (sim, sou #TeamStannis). Conversinha de elevador vai, conversinha vem, Melisandre revela a Jon que está sempre quente (calma, minha senhora). Agora aqui vem a pergunta que todos interpretaram apenas como uma taradice da Mel:

Gente, calma aí vocês também. Muitos não perceberam a mais importante intenção da pergunta: se Jon respondesse que ainda era virgem, muito provavelmente seria queimado na fogueira em oferenda para o tranquilo R’hllorSenhor da Luz.
Quando chegam ao topo da Muralha, os dois se encaminham para Stannis Baratheon e Davos Seaworth. Jon se ajoelha e eu tenho certeza que vi um sorrisinho convencido nesse rosto querendo sair, senhor meu rei. A conversa que se inicia agora é sobre vingança. Stannis pergunta ao bastardo de Ned Stark (saudades eternas) se ele deseja vingança contra Roose Bolton, “o traidor que cravou um punhal no coração de Robb Stark” e que agora está em Winterfell. A resposta é bem sensata para um irmão negro: “Eu quero muitas coisas, Vossa Majestade. Mas agora sou juramentado à Patrulha da Noite”. Davos então fala o óbvio: alguns amam Jon, outros odeiam-no, especialmente pela relação estreita que tem com os selvagens. Se ele já não havia demonstrado o suficiente antes, carregar o corpo de Ygritte para o lado de lá da Muralha parece ter sido suficiente.

Eles nasceram do lado errado da Muralha. Isso não os torna monstros.

Enfim, qual o real propósito da convocação de Stannis?, você deve estar se perguntando. Bem, ele quer mais homens para lutar sua guerra contra Roose Bolton, pois se Jon não irá vingar seu meio-irmão, o próprio Stannis irá, mas claro que com a intenção de tomar Winterfell. O bastardo começa a ensaiar uma resposta negativa dizendo que os irmãos juramentados da Patrulha da Noite não podem se envolver nas disputas de poder dos senhores de Westeros, mas Stannis logo o corta: não, ele não quer a Patrulha da Noite. Ele quer os selvagens.
Mas ué, os selvagens não são traidores? Marcharão ao lado de Stannis para em seguida ser queimados? Não, não. Segundo o rei, quando vencerem e tomarem Winterfell, todos os selvagens que lutarem ao seu lado serão proclamados cidadãos do reino e receberão terras para morar. Ele lhes oferecerá vida e liberdade e tudo o que precisa ser feito é Mance Rayder ajoelhar-se perante Stannis e jurar-lhe lealdade. Seria tudo fácil demais, se não estivéssemos falando exatamente do Mance. Como amigo do Rei-Para-Lá-da-Muralha, Jon deve convencê-lo a curvar-se ou ele será queimado na fogueira sancta de R’hllor.

Ok, agora vamos para o arco de Alayne Stone (nossa Sansa Stark linda) e Petyr Baelish, que estão no Vale com o Lorde Royce observando um duelo com espadas de madeira travado entreRobert/Robin Arryn com um garoto não muito mais velho. Obviamente Robin está sendo surrado, mas é como Mindinho diz: ele pode não ter o dom da espada, mas possui outros, como o dom de ter um grande nome. Então Alayne, Petyr e Lorde Royce levantam-se e Petyr avisa que espera ver as habilidades de Robin melhores quando retornar para buscá-lo.


Quem aparece no episódio nesse momento é Brienne de Tarth e Podrick Payne. Brienne está afiando uma espada de aço valiriano, o que é bem wtf – a Cumpridora de Promessas que Jaime lhe deu. Podrick revela que estão a alguns dias da Estrada do Rei, perguntando para onde irão em seguida. Brienne é categórica: não existe plural nisso. Jaime disse que Podrick estaria em perigo em Porto Real, e como ele se encontra muito distante de Porto Real e ninguém o reconhece, ele está mais do que seguro. Acabou. Mas Podrick insiste: ele é seu escudeiro! Ao que Brienne responde que obviamente não. Afinal, escudeiros servem cavaleiros e ela não trata-se de um.

Isso seria recado suficiente para a maioria das pessoas, mas Podrick continua ali fazendo suas tarefas de escudeiro. E inquire sobre as Stark que Brienne comprometeu-se a encontrar. Ela diz que Arya Stark não quis sua proteção (como bem recordamos, ela fugiu de Brienne na luta entre esta e Cão de Caça) e que sobre Sansa, não pediu conselho algum a Podrick.
E nossa senhora, aí vem o momento que me deu uma agonia desgraçada. Podrick e Brienne estão ali, BEM ALI PERTINHO, e Alayne e Petyr passam bem próximo de ambos numa carruagem. Que maldade dos produtores, cara. Que maldade.
Alayne e Petyr não estão indo aos Dedos, como Petyr disse a Lorde Royce, mas sim para o oeste. Eles têm uma breve conversa sobre confiança, cuja opinião de Mindinho é bem conhecida (e talvez por isso ele dure tanto no jogo dos tronos): ele não confia em ninguém. O segredo para manter pessoas ao seu lado é dinheiro e medo.

A série corta para Cersei, que está numa espécie de reunião social com pessoas importantes do reino, ouvindo um tagarelar de Loras Tyrell sobre Tywin Lannister e o quão maravilhoso ele era. Cersei só tem olhos para Margaery e Tommen, que parecem estar flertando. É legal comparar, aliás: nos livros Tommen preocupa-se com gatinhos, enquanto na série ele é mais velho e enlouquece por Margaery. Isso consequentemente enlouquece Cersei, óbvio, pois a profecia não para de martelar em sua cabeça: uma futura rainha, mais jovem e mais bonita, estava começando a tomar o que ela mais amava – seu próprio filho. Loras é sumariamente ignorado, assim como o Grande Meistre Pycelle prestando-lhe as condolências, então no caminho Cersei encontra Lancel Lannister.
Um Lancel Lannister saudável, sarado e bonito, aliás. Não acreditei no que vi na TV. Oi? Nos livros Lancel passa o quê, três meses em coma? Quando Cersei o encontra, ele está tão detonado quantoTheon Greyjoy/Fedor. Mas ali na série tudo que fizeram foi enfiar o ator em vestes apropriadas, tirar-lhe os calçados e cortar-lhe os cabelos. Parecia mais um modelo de comercial de desodorante, sério. Kevan Lannister aparece e pede desculpas pela aparência do filho, que agora tornou-se um dos pardais, definidos por Kevan como “malditos fanáticos”.

Cersei se isola e Lancel a encontra. Ele pede perdão por tê-la tentado e por tê-la feito pecar, levando-a à escuridão. A resposta da Lannister? “Duvido que você tenha levado alguém a algum lugar”. Lancel não desiste e fala que a fez ter relações não naturais e menciona a morte de Robert Baratheon, causada basicamente pelos dois. Cersei se faz de desentendida. Ele tenta convencê-la a procurar a luz dos Sete, sempre sobre o olhar irônico da prima. No final diz que rezará pela alma de Tywin, sendo esnobado por Cersei
.
Agora temos Loras Tyrell e Olyvar deitados nu sobre a cama em meio à uma conversa pervertida. Então eles se beijam, e não é um simples selinho – e nesse momento Margaery entra no quarto avisando que estão atrasados para o jantar e que o irmão está fazendo o rei esperar. Os dois não ficam nem um pouco tímidos diante da presença da futura rainha, que senta-se na cama bem à vontade. Quando Olyvar se retira, Margaery aconselha o irmão a ser mais discreto. Mas ele responde: “Por que manter um segredo?”, todos sabem de todos ali. Todos já sabem sobre ele, não tem sentido esconder o óbvio. Nem mesmo para manter as aparências e casar-se com Cersei, já que ninguém irá obriga-lo a tal agora que Tywin está morto.

Novamente, arco de Tyrion e Varys. Após trocarem insultos carinhosos (rs), entram numa conversa sobre o motivo de o Mestre dos Sussurros ter libertado o duende. A primeira resposta é: “seu irmão me pediu”. Mas é óbvio que Varys jamais faria algo tão impactante por medo de negar um pedido do Regicida. Tyrion pressiona mais um pouco e consegue a resposta: Varys não fez pelo duende, mas sim pelos Sete Reinos.

Tyrion: Um duende bêbado nunca será o salvador dos sete Reinos.
Varys: Não acredito em salvadores. Acredito que homens talentosos terão um papel importante na guerra que virá.

Não tarda para que Varys revele sua verdadeira intenção. Ele quer paz e prosperidade, “um lugar onde poderosos não abusem dos fracos”. Não, ele não acredita que isso aconteceria com a (im)provável coroação de Tyrion, mas sim com a coroação de uma pessoa amada, conhecida e com o nome certo. Quem seria? Obviamente, nosso amado Aegon! Só que não. É, é a Daenerys Targaryen mesmo, gente. Varys oferece duas opções a Tyrion: ele pode ficar na mansão de Illyrio e beber até a morte, ou ir a Meereen conhecer Daenerys por si mesmo e decidir se vale a pena lutar. Tyrion escolhe “beber até a morte no caminho até Meereen”. Bem Tyrion mesmo.

Agora no arco de Daenerys, vemos que Hizdahr zo Loraq retornou de Yunkai, com as notícias de que os Sábios Mestres cederam o poder a um conselho de anciãos composto tanto por ex-senhores de escravos quanto por homens livres, cujas decisões mais importantes seriam levadas até ela. Além disso, ele também vem com uma concessão: os Sábios Mestres pedem pela reabertura das arenas de luta. Daenerys não se importa com a tradição ou com o fato de que os próprios lutadores querem a reabertura das arenas e diz “não”. Hizdahr desiste. Então a cena corta para Daario Naharis e Daenerys Targaryen, que acabaram de transar, e eles têm uma conversa sobre a reabertura das arenas. Daario, mesmo tendo sido um escravo que teve sua primeira luta aos dezesseis anos, defende que as arenas voltem à ativa, o que Daenerys não consegue entender. Ele também fala sobre sua mãe ter sido prostituta e tê-lo vendido a um senhor de escravos. Daenerys exprime sua preocupação sobre Drogon, que está sumido. Enfim, nada muito importante nessa conversa.
Quando a cena muda, vemos Daenerys visitando os dragões restantes: Rhaegal e Viserion. Ela aprisionou os dois numa caverna, então obviamente eles não estão nada felizes e recebem a “mamãe” com jatos de chamas. Bem feito.

Somos levados de volta ao arco da Muralha. Jon Snow encontra Mance Rayder em sua cela e faz uma observação pertinente: “Quando nos conhecemos, você era meu prisioneiro. E agora, no nosso último encontro...”. Jon ainda faz uma última tentativa de convencê-lo, mas Mance persiste em recusar-se a ajoelhar perante Stannis. Ele não quer que seu povo morra por esse rei, é o que parece num primeiro momento. Mas depois fica óbvio: ele teme. Teme que aqueles que o seguem deixem de respeitá-lo. Seu orgulho é maior do que o anseio por salvar qualquer um dos seus. Além disso, prefere ser lembrado gritando enquanto é queimado vivo do que trair tudo aquilo em que acredita.
Mance então é levado para a fogueira. Stannis lhe dá uma última chance antes de amarrá-lo na viga de madeira: “Ajoelhe-se e viva”. Mance responde: “Eu morei aqui por muitos anos. Eu lhe desejo boa sorte nas guerras que virão”. Todos estão ali no pátio observando, inclusive os selvagens, quando Mance é erguido e amarrado à viga. Melisandre faz um discurso enérgico sobre a escolha entre luz e escuridão.Shireen e Selyse Baratheon, respectivamente filha e esposa de Stannis, aparecem brevemente – Selyse com um sorriso bizarro no rosto.

O “espetáculo” começa. O fogo alcança Mance e por muito tempo ele consegue aguentar sem gritar. É uma cena horrível para os selvagens, enquanto Sor Alliser observa com arrogância. Eu, particularmente, gosto de Mance, então não foi legal ver aquilo. Quando o rei dos selvagens começa a berrar, Jon não aguenta (eu também não estava aguentando) e atira uma flecha em seu coração, acabando com o sofrimento.



        Essa provavelmente foi a resenha mais longa que já fiz, mas não vejo como ficar mais completa do que isso.  Para você que leu até aqui, muito obrigada. Altas expectativas para os próximos episódios. Se você assistiu e quiser comentar spoilers nos comentários, não tem problema não, nunca me incomodo com spoilers. Só sei que eu mesma vou aguardar pelo próximo domingo para assistir o segundo episódio. Ah, não esqueça de curtir nossa página no Facebook:









Você também pode gostar:

0 comments