#MeLivrando 10: Gone - O Mundo Termina Aqui
Celly aqui, minha gente. Hoje é meu dia de vir aqui com vocês. Nos domingos é meu dia de trazer uma resenha de um livro legal a vocês e dessa vez não podia ser diferente. Resolvi trazer o primeiro volume da série Gone, que ganhou meu coração desde quando li pela primeira vez, em 2012. Vamos ver?

Título da Série: Gone
Título do Livro: Gone - O Mundo Termina Aqui (vol. 1)
Título do Livro: Gone - O Mundo Termina Aqui (vol. 1)
Autor: Michael Grant
Editora: Galera Record
Páginas: 516
Ano: 2010
Onde comprar: Livraria Cultura || Saraiva || Submarino
Mais informações aqui.
Só restam os jovens: os adolescentes, os pré-adolescentes, as crianças pequenas. Mas nenhum adulto. Não existem mais professores, nem policiais, nem médicos, nem pais. E, também de repente, não há telefones, nem internet, nem televisão. Não há como descobrir o que aconteceu. Nem como conseguir ajuda. A fome é uma ameaça. Os valentões tentam dominar todos os outros. Uma criatura sinistra está à espreita. Os animais estão sofrendo mutações, e os próprios jovens estão mudando, desenvolvendo novos talentos - poderes inimagináveis, perigosos, mortais -, que ficam mais fortes a cada dia. É um mundo novo e aterrorizante. Cada um terá de escolher o seu lado para a batalha que se aproxima. Os moradores locais contra os riquinhos. Os fortes contra os fracos. As aberrações contra os normais. E o tempo está acabando: no dia do seu aniversário, você vai desaparecer, como todos os outros.
Gone: O Mundo Termina Aqui, de Michael Grant, me ganhou pela capa. Vocês já viram essa lindeza? É tão simples, sem exageros ou excesso de informação.
A sala estava vazia. Carteiras, a cadeira da professora, tudo vazio. Livros de matemática estavam abertos em três carteiras. Cadernos também. Todos os computadores, uma fileira de seis Macs velhos, mostravam telas em branco, chuviscando.No quadro de giz lia-se claramente "Polin".- Ela estava escrevendo a palavra "polinômio" - disse Astrid num sussurro adequado para uma igreja. (...) - Ela desapareceu enquanto escrevia o "o". Eu estava olhando bem para ela. Página 14
Sam, Quinn e Astrid unem-se em busca de respostas (e Astrid mais
especificamente atrás de seu irmão autista, o Pequeno Pete). Vagando pelas ruas só conseguem ver crianças menores
de quinze anos. Algumas excitadas, outras desorientadas; carros batidos,
princípios de incêndio, muitas lamentações e bebês, até os recém-nascidos,
deixados à própria sorte. Ninguém sabe o motivo, mas já compreenderam: estão
sozinhos.
Conheça o LGAR: Lugar da Galera da Área Radioativa, o nome que as crianças dão para a área compreendida dentro da cúpula, cujo centro é a usina elétrica local. |
Simultaneamente, acompanhamos a triste situação de Lana Arwen Lazar. Seu avô pufou
ali perto enquanto dirigia, deixando a caminhonete ligada. O automóvel capotou várias
vezes e despencou de um penhasco direto num deserto. Sua única companhia é
Patrick, seu cão labrador. Ali ela fica, à mercê da morte, com membros
quebrados e gangrena se formando. Lana não luta pela vida, pois acredita que
não tem chance de sobreviver – principalmente por causa das ameaças que a
cercam, como os coiotes e serpentes. Então algo inacreditável acontece.
De forma bem geral, os jovens estão no comando em Praia Perdida.
Embora possa parecer uma realidade tentadora para muitos de nós, Michael Grant
nos mostra que não é bem assim. Além de todas as desgraças que são geradas por essa confusão, algumas crianças ainda descobrem que têm poderes - ou seja, que são aberrações. Este provavelmente é um dos conflitos mais intensos presentes na obra: o antagonismo entre as aberrações e os normais. Ah, vale abrir aqui uma menção honrosa a
personagens que com certeza serão muito importantes para as sequências: Pequeno Pete, Brisa, Edilio Escobar, Maria Terrafino, Jack Computador, Orc e os estudantes da Academia Coates (com ênfase em Caine, Drake e Diana).
Sobre a narração: os capítulos alternam entre o ponto de vista de
vários personagens. Os títulos dos capítulos são curiosos: no primeiro está marcando “299 horas e 54
minutos”. No penúltimo? “01 minuto”. Para descobrir o que acontece no último, o
“Final”, você deve ler. É só o que tenho a dizer.
Minhas Impressões
Eu estaria amenizando as coisas se dissesse simplesmente que o
livro é cruel. Há boas doses de tragédia, desgraça, morte, violência e,
principalmente, fome – que, aliás, é o nome do segundo livro. Surpreendi-me
demais com a obra, não esperava tanto dela. É chocante ver a crueldade que
crianças fazem umas contra as outras. Dá até arrepio, é bizarro. Além disso, o
autor não nos poupa: ele é realista demais pra situação. Então bebês são
encontrados mortos, sim, por falta de cuidados. Cachorros são devorados quando
a comida acaba. O instinto animal dessas crianças vem à tona e não teria como
ser diferente para o que estão passando. É um livro para ser não apenas lido,
mas relido várias vezes. Ele nos faz refletir sobre os limites da insanidade humana, nos faz pensar em como um mundo sem adultos responsáveis seria caótico e terrível.


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