Viver sem ler é perigoso.

Resenha de Séries 05: Game of Thrones S05E02 - The House of Black and White


Se o episódio passado foi o mais sem graça, esse deveria ganhar o troféu de revolta do ano. Sério! É muita mudança absurda ao mesmo tempo, pessoal. Nada mais faz sentido mesmo para quem leu a saga. Mas tudo bem, né? Assim somos todos surpreendidos (para o bem ou para o mal).



Título da Série: Game of Thrones
Temporada: 5ª
Episódio: 02 - The House of Black and White
Duração: 52 minutos aprox.
Ano de Produção: 2014
Estreia: 12 de abril de 2015
Criadores: David Benioff e D. B. Weiss
Classificação: 18 anos
Não há avaliação "em estrelas" porque está é uma resenha apenas do primeiro episódio, não da temporada.
Mais informações aqui.

Jon Snow está lutando para balançar as demandas da Patrulha da Noite com as demandas do recém-chegado Stannis Baratheon, que se auto-intitula como o legitimo rei de Westeros. Enquanto isso, Cersei luta para manter o poder em Porto Real no meio dos Tyrells e da ascensão de um grupo religioso liderado pelo enigmático Alto Pardal, enquanto Jaime embarca em uma missão secreta. Além do Mar Estreito, Arya procura um velho amigo e um fugitivo Tyrion encontra uma nova causa. E quando o perigo surge em Meereen, Daenerys descobre que seu governo na cidade requer duros sacrifícios.
ESTA RESENHA CONTÉM SPOILERS.
Se quiser evitá-los, pule para a análise em imagem no final do texto. 







O episódio começa com Arya Stark chegando em Bravos, ainda sob a identidade de Salgada. O capitão da embarcação Filha do Titã faz uma breve apresentação do imponente Titã de Bravos, uma estátua colossal. Em minha opinião, a representação de Bravos não poderia ter sido melhor. Adorei o modo como retrataram-na (pelo menos nisso foram fiéis).



No livro, quem leva Arya/Salgada para terra firme é o filho do Capitão Ternesio Terys, o primogênito Yorko, mas na série quem levou-a foi o próprio capitão. Isso não faz muita diferença, de qualquer forma. Salgada tem um vislumbre do comércio de Bravos e sua cacofonia, mas não parece intimidada. Logo descobre-se que Ternesio está levando-a diretamente para a Casa do Preto e Branco, o que definitivamente não acontece nos livros – e me incomodou um pouco ele agir como se conhecesse Jaqen H’ghar, o homem que Salgada procura. Tipo: “Ah, quero achar esse cara aqui, com esse nome que certamente não é o dele e que é improvável você já ter ouvido.” “O Jaqen? Pela saia do Titã, é meu amigo de infância. Vamos lá, a gente aproveita e toma um chá”. É, eu sou chata assim e realmente fiquei incomodada.
A caracterização da Casa do Preto e Branco ficou bem diferente do que eu esperava, mas não posso dizer que me decepcionei. É uma estrutura alta e comprida em formato de caixa, imponente como deve ser. O que me assustou foi o Homem Sem Face que atendeu a porta.
Salgada o cumprimenta com o valar morghulis, mostra a moeda, fala de Jaqen, faz de tudo. Mas é basicamente dispensada. Como a moça tem fibra, continua ali por muito tempo, sentada na escadaria e repetindo o mantra: “Cersei, Walder Frey, o Montanha, Meryn Trant”. Mas uma hora ela cansa, e revoltada como só uma adolescente sabe ser, atira a moeda no mar e vai perambular por Bravos.

Quer prova maior de que a Arya é corajosa do que encarar esse bom humor todo e não sair correndo?


Brienne de Tarth e Podrick Payne estão em algum lugar próximo ao Fosso Cailin. Eles estão numa estalagem comendo algo quando uma moça bonita aparece oferecendo cerveja. O Senhor Puberdade Payne se encanta e a segue com o olhar – até que a vê indo em direção a uma mesa ocupada por Petyr “Mindinho” Baelish, que conversava com Sansa Stark/Alayne Stone sobre um pedido de casamento que ele fez e foi aceito (não lembro ao certo com quem). Alayne inclina o copo para aceitar a cerveja e Podrick logo reconhece a silhueta de seu rosto e avisa à Brienne que é ela, apesar de ter pintado o cabelo.


Brienne ordena, categórica, que Podrick prepare os cavalos. A câmera volta para Petyr e Alayne e podemos notar que ela está bem arrogante, aliás, exalando superioridade no tom que usa para conversar. Brienne se aproxima dos dois, chamando Mindinho por Lorde Baelish e Alayne por... Senhora Sansa. É. Sansa Stark está sendo oficialmente procurada por ser esposa do duende (sim, ela ainda é, né?), suspeita de ter colaborado na morte do bondoso Rei Joffrey Baratheon. Mas por favor, isso não é nada. Pode chamá-la pelo nome à vontade numa estalagem repleta de homens que decerto fariam de tudo para capturá-la e levá-la à Cersei... O que obvia e bizarramente não acontece.
Cara, sério, não teve como não revoltar. Sansa Stark tornou-se Alayne Stone justamente para se esconder e de repente as pessoas saem por aí chamando-a pelo seu real nome. Além disso, que bosta de encontro Brienne x Sansa foi esse, HBO?
Enfim. Brienne se apresenta, logo cortada por Petyr que faz um comentário ácido sobre Renly. A mulher fica calada e depois dirige-se à Sansa falando sobre o tempo que serviu à Catelyn Stark e a promessa que lhe fez. O diálogo que se segue é assim:

Brienne: Senhora Sansa. Antes da morte de sua mãe, jurei minha espada para ela. Prometi que encontraria e protegeria você. Irei lhe conceder proteção e aconselharei. E darei minha vida por você se for necessário. Juro pelos Antigos Deuses e pelos Novos.
(...)
Mindinho: Você jurou sua lealdade à Catelyn. (...) Estranho. Eu a conhecia desde criança, ela nunca mencionou você.
Brienne: Foi depois do assassinato de Renly.

Tudo o que Mindinho mais queria era uma desculpa. Ele toca então na ferida e observa que Brienne ainda é suspeita de ter matado Renly Baratheon. Sempre indignada, ela retruca que tentou salvá-lo e homens que não viram nada acusam-na do contrário. Mindinho pergunta como aconteceu e ela diz que uma sombra com o rosto de Stannis Baratheon o matou. Mindinho bufa de desdém e afirma que Brienne jurou proteger Renly e Catelyn e falhou em ambos os casos: por que deveria então permitir que protegesse Sansa? Porque como ele casou com Lysa Arryn, virou seu tio e (supostamente) preocupa-se com ela.

Brienne tenta convencer Sansa a conversarem a sós, mas a Stark é veemente ao negar, pois lembra-se da mulher ajoelhando-se perante Joffrey no casamento deste. Mindinho dá uma sutil ordem aos seus homens de arma e ao mesmo tempo faz um gentil pedido à Brienne: por que você não fica?, o que obviamente significa que ela não pode sair. Mas estamos falando de uma das mulheres mais fodas de Westeros, então é óbvio que ela se retira na base da porrada. Podrick já está aguardando-a na porta da estalagem, então ela sobe no cavalo, mas antes liberta os outros que estão no pátio, provocando a maior confusão. 
A perseguição começa e a montaria de Podrick acaba tomando um caminho diferente da de Brienne no meio do caminho, dividindo os homens de Mindinho para persegui-los. Ela consegue despistá-los e observa à distância Sansa indo embora com seu adorável tio. O cavalo de Podrick o leva para um riacho e o abandona lá à própria sorte: o garoto sai resmungando e logo descobre que dois dos homens de Mindinho estão atrás de si. No momento certo Brienne chega e mata um deles, depois tem um brevíssimo (tipo 5 segundos) duelo com outro e lhe trespassa a espada no pescoço. E Sansa Stark?, Podrick pergunta. Brienne diz que ela não confia em estranhos, como deveria ser, mas que a viu caminho para estrada leste e que eles irão segui-la. Podrick observa que ela não quer sua proteção, assim como Arya, e que isso deveria liberá-la dos votos que fez à Catelyn, mas estamos falando de Brienne de Tarth. Ela jurou protegê-las e tentará fazê-lo custe o que custar.



Jaime Lannister recebeu uma convocação real de sua rainha regente, irmã e ex-amante (pelo que parece), Cersei Lannister. Ela mostra ao irmão o curioso presente que receberam de Dorne: uma estatueta de serpente com o colar de Myrcella Baratheon nas presas. “Há apenas dois iguais no mundo: o que estou usando e o que dei a Myrcella”, Cersei observa. Ambos reconhecem como o que de fato é: uma ameaça. Eles culpam os Lannisters e Porto Real no geral pela morte de Oberyn e Elia Martell “e todas as outras tragédias que caíram sobre o maldito país deles”, nas palavras de Cersei. Jaime pede que ele fale baixo – não por não se importar com Myrcella, mas porque não podem ouvir que ela é filha de ambos. Claro, ninguém sabe. Segredo de Estado. Pfff.


Cersei e Jaime têm uma breve discussão sobre a paternidade que ele nunca exerceu e ela descreve brevemente a situação atual de seus três filhos:
1. O primogênito foi assassinado no próprio casamento (poxa vida);
2. A única filha está em Dorne, cercada de gente que os odeia;
3. O baby boy está prometido “àquela vadia sorridente de Jardim de Cima”.
É, isso resume bem as coisas.
Somos apresentados então a uma faceta de Jaime Lannister que não existe nos livros: o pai preocupado. Ele diz que fará as coisas melhores e irá para Dorne para trazer sua filha de volta.
Ele. Vai. Pra. Dorne.
Palmas, HBO. Palmas. Você é exatamente o contrário de genial. Mas que merda é essa?
Enfim... Vamos lá, né. Afinal, é uma adaptação e como série até que está legalzinha. Mas cara... Que coisa mais tosca. Nos livros Jaime nunca ligou para os filhos, na série ele concorre ao prêmio de melhor pai do ano. É a vida.
Jaime diz o que pretende fazer: não, não vai pedir gentilmente que Doran Martell devolva a filha, nem irá com um exército. Como Oberyn mencionou a Cersei os Jardins de Água, lá é um bom lugar para ela estar. Mesmo desesperada para reaver a filha e diante do único homem que se dispôs a pegá-la sem provocar uma guerra, ela consegue tentar menosprezar Jaime. Ele não liga, diz que não irá sozinho e se retira.



A primeira coisa que pensei quando Sor Bronn apareceu foi: alguém cala a boca dessa mulher. Eles estão em um lugar com uma bela paisagem, andando à beira da água. Lollys Stokeworth não cala a boca por um único segundo, tagarelando sem parar sobre o casamento de ambos. Bronn é a personificação da paciência, mas é o mínimo que pode fazer, né? Já que por casar com aquela matraca irá herdar o castelo de Stokeworth. Ou assim pensava. Lollys revela que ele será de sua irmã mais velha quando a mãe morrer. Sor Bronn finge não se abalar, mas a gente o conhece. A não ser que a série o tenha transformado num homem supostamente apaixonado pela Lollys, o que descobrimos mais adiante que não aconteceu, graças aos deuses.


Lollys observa que sua irmã a odeia e até puxa seu cabelo numa explicação infantil, e Bronn faz observações sobre a maldade que sempre tem retorno, o que na minha opinião foi uma pista de que ele estaria disposto a matar a filha mais velha para que sua futura esposa herdasse o castelo.
“Jaime Fucking Lannister”, é assim que Bronn o chama baixinho quando o vê sentado à sua espera. Eles se cumprimentam e Lollys só falta desmaiar quando Jaime lhe beija a mão.
Essa é a cara de tristeza da Lollys quando Bronn a dispensa gentilmente.
Jaime tenta engatar uma conversa fiada, mas Bronn o manda ir direto ao ponto. O primeiro então lhe entrega o que parece ser um comunicado real: “Lollys se casará com o Sor Willys Bracken”. É, ele e Cersei tinham feito um acordo, mas não é nem uma surpresa que ela tenha mentido. Jaime faz a própria proposta: se Bronn ajudá-lo, terá uma esposa muito melhor – e um castelo também. Subentende-se que Bronn topou.


Os ânimos estão bem agitados com a morte de Oberyn Martell. Na série vemos uma Ellaria Sand agressiva e com discursos de ódio contra os Lannister, inclusive sugerindo a Doran Martell, irmão de Oberyn, que matem Myrcella e enviem seu corpo à Cersei em partes, a começar pelos dedos.
Quem não leu os livros precisa entender que Ellaria Sand não é assim nos livros. Ela é uma mulher doce e que teme por suas filhas. Jamais incentivaria mais mortes porque em sua opinião as contas estavam acertadas, já que Tywin Lannister, Robert Baratheon, Amory Lorch e A Montanha que Cavalga morreram – todos envolvidos no assassinato de Elia e seus filhos. O papel de mulher amarga e temperamental é de Obara Sand, mas como tiraram-na da série, coube à Elaria mesmo.


Doran é irredutível em negar a comoção sugerida por Ellaria. Afirma que a morte de Oberyn não foi assassinato, uma vez que ele morreu em julgamento por combate. Ellaria continua insistindo e afirma que as Serpentes de Areia pensam igual a ela. Doran diz que enquanto enquanto ele governar, não mutilarão crianças por vingança.
Aqui um comentário sobre Areo Hotah: ele é o capitão dos guardas do príncipe Doran e nos livros não é silencioso como na série, muito pelo contrário. Achei bem chato não terem lhe dado a devida importância, fazendo-o parecer mais com um personagem secundário. Quem não leu os livros pensa que ele é basicamente anônimo.



Daario Naharis com seus Segundos Filhos e Verme Cinzento com os Imaculados estão numa incursão por Meereen, provavelmente atendendo a alguma denúncia sobre localização de um Filho da Harpia. Ambos Daario e Verme estão numa pequena competição de quem é melhor para localizar inimigos. Daario acaba achando o Filho da Harpia, diferente de Verme Cinzento, que esqueceu como é sentir medo – por isso esqueceu como se esconder e consequentemente como procurar.
A cena muda para uma reunião do Conselho de Daenerys, que inclui a própria, Daario, Verme Cinzento, Mossador, Barristan Selmy, Missandei e Hizdahr Zo Loraq. Mossador é o maior incentivador de que matem o Filho capturado para enviar uma mensagem aos Sábios Mestres. Barristan sugere que Dany se contenha, pois o capturado pode ter informações valiosas – o que Daario contesta, dizendo que já obteve o que era possível. Então discutem sobre a origem do Filho, que nasceu livre, mas é pobre. Mossador diz que é um costume das grandes famílias pagar aos pobres para fazerem o trabalho sujo. Barristan intervém pedindo que o capturado tenha um julgamento justo, mostrando assim aos cidadãos de Meereen que ela é melhor do que aqueles que querem depô-la. Mossador dá os seus motivos para matar o Filho, sempre enérgico, e logo o conselho se encerra. Todos se retiram, menos Sor Barristan, que relembra a crueldade do Rei Louco, pai de Dany, que “deu aos inimigos a justiça que achou necessária. E todas as vezes ele se sentiu poderoso e correto até o fim”. É quando Daenerys diz que dará ao Filho da Harpia um julgamento justo.



Tyrion Lannister e Lorde Varys estão a caminho de Volantis, onde tomarão a estrada para Meereen. Tyrion não está muito feliz por não poder respirar ar puro, sempre contido dentro do que chama de “caixa”. Varys repete que encontrarão em Meereen uma governante e Tyrion lhe lembra que eles já têm um – ou vários, pois em todo lugar há um estandarte. O eunuco fala sobre o curto tempo em que Tyrion foi Mão do Rei e a conversa se prolonga um pouco nisso.

Varys: As pessoas seguem líderes e nunca irão nos seguir. Nos acham repugnantes. (...) E nós os achamos repugnantes, e é por isso que nos cercamos de confortos para afastá-los. E ainda assim, não importa o que façamos, pessoas como nós nunca se satisfazem dentro da caixa. Não por muito tempo.



Agora chegamos na polêmica cena difundida nos grupos de Game of Thrones (inclusive por mim gente, desculpa <3) como sendo a cabeça de Tyrion decepada, alegando que ele morria na série. Relaxem, galera, não é ele não. Quem acreditou pode ficar tranquilo, é só um anão qualquer. Cersei logo reconhece isso e o exaltado Meryn Trant pergunta se deve colocar os dois caçadores em uma cela. A rainha regente diz que não será necessário, ou os demais caçadores poderão se sentir desencorajados. Os dois são dispensados e Meistre Qyburn pede para ficar com a cabeça do anão, pois “pode ser útil no meu trabalho”.


A cena muda e o Pequeno Conselho está se reunindo. Cersei chega com Qyburn e assume a cadeira do rei. Kevan Lannister logo a questiona: seria ela a Mão do Rei? Não, responde. Só está ali até seu filho atingir a idade de escolher sua própria Mão. Mace Tyrell se dispõe a atuar como Mão, mas Cersei diz que ele não terá tempo, uma vez que além de Mestre dos Navios, ele também é agora Mestre da Moeda, nomeado pelo próprio rei. Lorde Tyrell fica orgulhoso e pomposo, enquanto Cersei massageia um pouco mais o seu ego. Em seguida é a vez do Grande Meistre Pycelle se oferecer como Mão, informando que no passado outros Grandes Meistres já haviam servido nessa posição. Cersei não responde a essa sugestão, mas informa uma nova nomeação: a de Meistre Qyburn como Mestre dos Sussurros. Pelo menos a indignação de Pycelle se manteve fiel aos livros, com o meistre afirmando que Qyburn é uma vergonha para a Cidadela. Depois de dizer que Qyburn é leal, Cersei interrompe as reclamações de Pycelle para dizer a Kevan que ele foi nomeado como Mestre da Guerra. O que se segue é bem interessante.

Cersei: Tio Kevan, por sua posição como Comandante dos Exércitos Lannister, seria de agrado do rei se você servisse como Mestre da Guerra. Nenhum outro homem merece esse título.
Kevan: Isso é o que você diz. Eu gostaria de ouvir do próprio rei. (...) Ele deveria estar aqui, aprendendo a governar. (...) Retornei à capital para prestar meus respeitos a meu irmão, a você e para servir ao rei. Não retornei à capital para servir como sua marionete, para vê-la encher de bajuladores o Pequeno Conselho. (...) Se ele [o rei] quiser falar comigo, estarei aguardando em Rochedo Casterly.
TURN DOWN FOR WHAT! Nossa, eu amei o Kevan.




Goiva e Samwell Tarly estão junto de Shireen Baratheon, com essa ensinando Goiva a ler enquanto Sam alimenta seu vício lendo registros sobre a Muralha (inclusive citando a curiosidade de que Osric Stark foi eleito Comandante da Patrulha aos 10 anos). Eles conversam um pouco mais sobre a idade que Shireen aprendeu a ler (aos três) e como ela foi curada da Escamagris. Goiva diz que teve duas irmãs que nasceram com a doença, mantidas por Craster distante das demais, isoladas numa cabana na neve. Ambas morreram.


Rainha Selyse, sempre o amor em pessoa, chega e ordena que Goiva e Sam saiam. Fala para a filha manter-se distante da selvagem, pois seu povo podem querer vingar-se deles após terem queimado seu rei.
A cena muda para Davos Seaworth, Stannis Baratheon e Jon Snow. Stannis comenta com Jon sobre o quanto é piedoso com infratores (considerando o ato de misericórdia de Jon para com Mance Rayder uma infração, obviamente). Jon explica o que está claro: se os selvagens já não seguiriam Stannis antes, imagina agora que ele matou seu rei. Stannis muda de assunto e pergunta se Jon conhece a “miserável” Lyanna Mormont, que tem dez anos e é sobrinha do Senhor Comandante, Senhora da Ilha dos Ursos. A resposta dela ao pedido de Stannis para que se submetesse à sua corte: "A Ilha dos Ursos só conhece o Rei no Norte, cujo nome é Stark".



Jon Snow: Perdão, Vossa Graça. Nortistas são como o povo livre: leais apenas a si mesmos.

Stannis e Davos começam a preparar terreno para fazer a mesma oferta do livro. Falam sobre a eleição do novo Senhor Comandante, que certamente será vencida por Sor Alliser Thorne, claramente hater (e “reconcado”) de Jon. Como será a vida do bastardo com Thorne no comando, então? Não seria melhor que Jon não estivesse ali? Aí vem a proposta: Jon Snow pode virar Jon Stark e herdar Winterfell. Tudo o que tem de fazer é ajoelhar-se perante o rei e jurar-lhe lealdade... O sonho dele, como afirma a Sam. Mas nega, pois sua lealdade, espada, honra e vida são da Patrulha da Noite.
Sam e Jon estão reunidos com os demais patrulheiros para a eleição do novo Senhor Comandante, presidida pelo Meistre Aemon. Janos Slynt fala por Alliser Thorne, mostrando os motivos de ser a escolha certa para o comando, e o mesmo o faz outro patrulheiro por Denys Mallister. Aplausos para ambos os candidatos, Aemon volta a se pronunciar explicando que as fichas triangulares são para Thorne e as quadradas, para Mallister. Ele está prestes a começar a votação quando Sam o interrompe. Janos Slynt tenta intimidá-lo com piadinhas sobre ser Matador e amar uma selvagem, mas o jogo vira e Sam revela que Slynt escondeu-se com Goiva e seu filho durante a batalha, enquanto Jon Snow assumiu a luta quando Thorne não pôde prosseguir. Sam fala de todas as conquistas de Jon na batalha e mostra por que ele seria um bom comandante. Mais aplausos. Thorne coloca em evidência tudo o que acha que Jon fez de errado, o silêncio reina e Aemon anuncia que a votação irá começar, com fichas redondas para Jon.
A disputa é acirrada e verifica-se um empate entre Thorne e Jon. Quem desempata? Meu velhinho favorito <3 E assim Jon é eleito Senhor Comandante. Em comparação ao livro, faltou um pouco de emoção e trabalho duro por parte de Sam. Eu sinceramente esperava mais... No entanto pelo menos isso mantiveram fiel.




Arya está perambulando por Bravos quando é abordada por três homens que tentam roubá-la. Ela os ameaça e saca Agulha. Logo eles saem correndo – quando vira-se, Arya vê que aquele homem super carismático que a atendeu na Casa do Preto e Branco está ali e foi ele que os assustou com sua simples presença. Ele vai embora e ela o segue. Quando chegam diante da Casa do Preto e Branco, devolve-lhe a moeda e revela-se como sendo Jaqen H’ghar. Então ambos entram na Casa. Os leitores discutem muito sobre a possibilidade de essa cena ser spoiler dos livros, uma vez que até A Dança dos Dragões não foi revelado se era Jaqen quem estava treinando Arya, mas com outra face. Há muitas suspeitas, no entanto, e elas ficaram ainda mais fortes com esse segundo episódio.



De volta a Meereen, Mossador entra na cela do Filho da Harpia capturado com outros ex-escravos, aparentemente. Não se sabe se ele entrou por ordem de Daenerys ou não, pois há duas hipóteses: que ela tenha ordenado que tirassem o capturado da sala para o julgamento, por exemplo, ou que Mossador tenha entrado já com a intenção de mata-lo, que é o que faz após o Filho dizer que Daenerys jamais será a mãe deles ainda que a chamem de Mhysa.


Daenerys é impiedosa e manda que prendam Mossador. Não aceita suas desculpas por ter matado um prisioneiro à espera de julgamento, ainda que ele tenha feito isso pela sua Mhysa.
A cena muda e acompanhamos a procissão de Daenerys caminhando com os membros de seu conselho pelas ruas de Meereen até chegar a uma estrutura aberta de madeira onde o julgamento de Mossador irá acontecer. Os Imaculados formam uma linha na vertical diante da estrutura, separando de um lado as grandes famílias e de outro os ex-escravos. Tentando provar que é justa, independentemente de quem tenha feito coisa errada, ela simplesmente ignora o apelo de milhares de ex-escravos e ordena que Daario execute Mossador.


Sinceramente, o que ela esperava com isso? Tinha ao seu lado milhares de ex-escravos que apoiavam-na, enquanto era odiada pelos Sábios Mestres. Não sei se ela pretendia ter uma simpatia dos mestres matando Mossador, mas com certeza não a obteve. Já os ex-escravos... Fica bem claro a repulsa que eles têm à decisão da Daenerys. Primeiro reina o silêncio, depois vem o chiado aparentemente típico de quando os ex-escravos estão descontentes, e por último o conflito entre eles e os Sábios Mestres. Os Imaculados escoltam Daenerys de volta para a Grande Pirâmide e eu me abstenho de continuar comentando sobre a burrice dela, porque sério, assim não dá nem para tentar gostar da personagem. O ponto alto do núcleo da Danenerys foi a aparição de Drogon, que estava no topo da Grande Pirâmide. Quando ela está prestes a tocar no dragão, ele alça voo sobre Meereen. Fim.






As mudanças absurdas desse episódio foram: o encontro facílimo de Brienne e Sansa e Jaime se dirigindo a Dorne. Sobre o que rolou com a Daenerys no final, foi uma mudança, mas não achei tão absurda. O absurdo mesmo foi a decisão que ela tomou. Mas enfim, né? Vamos ver o próximo episódio. Apesar de tudo, está sendo interessante ser surpreendida.
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