Resenha || As Crônicas de Herannon - O Aprendiz do Arquimago
Título da Série: As Crônicas de Herannon - 3ª Era
Título do Livro: O Aprendiz do Arquimago (1º livro)
Autor: Michael A. Iora
Autor: Michael A. Iora
Editora: Chiado
Páginas: 630
Ano de Publicação: 2015
Sinopse “Você foi honrado com a oportunidade de ser meu discípulo, uma honra que qualquer um dos acadêmicos de Everard desejaria, pois embora tenham bons mestres, eu estou muito acima de todos eles. O treinamento será muito mais árduo, não duvide disso, mas terá suas recompensas. Se sobreviver, digo, se resistir até o final, sob a minha orientação você virá a tornar-se um mago de altíssimo valor, admirado e invejado por muitos.” Entretanto, o menino elfo descobre amargamente que tamanha honra não é concedida sem que um alto preço tenha de ser pago, e que simplesmente estar sujeito ao desagradável temperamento de seu excêntrico e arrogante tutor deve ser a pior prova que alguém pode ter de suportar. Não obstante, ele se vê obrigado a enfrentar não apenas um treinamento extremamente rígido e insano, mas também a saudade de sua mãe e um sentimento de urgência crescente. Conseguirá o garoto conquistar sua tão desejada graduação, superando todos os desafios impostos e, pior, a crueldade e intolerância de seu próprio mestre?”
Aglarion é um elfo que gostaria ser guerreiro, mas por influência de sua mãe decide se tornar um mago. Foi também sua mãe que conseguiu que o maior arquimago do vasto mundo, Kyehntw'arthal, aceitasse se tornar tutor do menino.
Herannon, é um mundo repleto de magia, raças e monstros. Um mundo com espaço para histórias épicas que eu gostaria de ter conhecido melhor. O autor, infelizmente, focou muito no treinamento de Aglarion e foi muito superficial no restante, as características dos povos, as tramas políticas e a organização de bruxos malignos, que são os vilões do livro. O final também foi um pouco corrido e com uma explicação, no mínimo, fraca, não foi uma situação que foi construída aos poucos, desde o início do livro, parece que só aconteceu pro livro não terminar sem uma batalha.
O livro é narrado em terceira pessoa, os capítulos não são muito compridos. A narrativa é fluída, mas às vezes você acaba perdendo o ritmo de leitura por conta de três detalhes: as unidades de medida, que são explicadas somente no apêndice final, muitas vezes fazendo você interromper a leitura e ir até o final do livro para entender algo. Também existem muitas explicações de quem disse o quê, o que estava sentindo e fazendo quando disse aquilo, um diálogo mais direto tornaria a leitura mais leve. E a constante repetição da expressão “o mesmo/do mesmo/a mesma/da mesma” como pronome pessoal (o que, por sinal, é um erro de português).
Embora minha resenha tenha focado mais nos pontos ruins do livro, não achem que é um livro ruim, na verdade, ele é legal, eu só comecei a leitura com uma expectativa muito grande e vi na história um potencial gigantesco que poderia ter sido melhor aproveitado. Uma leitura que poderia ter sido incrível e acabou sendo "ok". Mas eu pretendo (e vou) ler o próximo, porque o mundo que o Michael A. Iora criou é incrível e a história tem o espaço necessário para a complexidade que pode tornar uma saga épica, daquelas com um lugar entre os meus favoritos.
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