Folheando 01: A Batalha do Apocalipse #celebreoqueénosso
Temos novidade para o MeL: um colaborador novo! Bem que ele estava precisando, né? O Rafa Moraes estreia hoje com a mesma resenha de teste que me enviou. Vocês o verão aqui semanalmente sempre variando em sua coluna (essa aqui, por exemplo, traz uma resenha), então vamos ser legais e desejar as boas vindas ao novo membro da casa!
Subtítulo: Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo
Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus
Páginas: 586
Ano: 2010
Onde comprar: Saraiva (único site disponibilizado no site oficial).
Mais informações no site oficial.
Há muitos e muitos anos, o paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, erguendo armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final. Mas ei que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se junta às suas legiões na Batalha do Armagedon, o embate final entre o céu e o inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo. Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano, das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra Medieval, A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana: é também uma jornada de conhecimento, épico empolgante, repleto de lutas heróicas, magia, romance e suspense.
Poderia me
arriscar a dizer que A Batalha do Apocalipse é o melhor
livro de fantasia épica brasileira, mas não, tenho certeza de que ele é o
melhor, muito acima de outros títulos, nunca tinha lido algo parecido vindo de
autores tupiniquins. O tema abordado me agrada muito, Anjos, Demônios, Magos,
Bruxos, enfim, já deu pra perceber que é uma luta do Bem contra o Mal.
O
livro é narrado em terceira pessoa, abordando os acontecimentos
que levam ao fim do Sétimo Dia
- se você não conhece a história da criação do mundo segundo a Bíblia, Deus
criou o mundo em seis dias, e no sétimo, descansou - e que, ao
terminar, Deus acordaria e daria início
ao juízo final.
Na obra, o
Criador durante seu sono deixou os arcanjos Miguel, Rafael, Lúcifer, Gabriel e Uziel em
seu lugar para controlar o Universo até que ele acordasse. Porém, nem tudo são
flores, o arcanjo Miguel se tornou um tirano, ordenando massacres aos
seres humanos em diversos momentos durante seu desenvolvimento. Uma
rebelião contra o arcanjo foi organizada pelo querubin Ablon, primeiro general do exército
celeste, e por acaso, nosso personagem principal. Um dos integrantes os traiu e
18 anjos foram exilados na Haled,
plano físico da Terra.
Já ia me
esquecendo, o autor teve uma ideia muito legal, dividir a Terra em
dois "mundos", o material, nosso "mundo", e o espiritual,
onde os anjos e outros seres não podem ser vistos pelos humanos, salvo algumas
exceções, essas pessoas podem sentir uma variação no tecido da realidade. Opa,
ainda não falei disso né? Bom, então eu explico, o tecido da realidade
nada mais é do que uma "cortina" que separa esses dois mundos,
fácil né?
Com o fim do
sétimo dia iminente, é sabido que o tecido da realidade será desfeito,
e uma grande batalha se iniciará, A Batalha do Apocalipse,
e Ablon é um grande guerreiro, sendo muito desejado por alguns lados
que participarão dessa guerra. Nessa parte, o livro fica muito mais
interessante, porque ele apresenta vários fatos conflitantes e misteriosos,
deixando você muito ansioso para saber a resposta de todas as perguntas que
surgiram.
Também
é apresentada uma história de amizade/amor muito bonita de Ablon e Shamira, a feiticeira de En-Dor que o querubin salvou na Babilônia, uma
personagem muito carismática e que se tornou uma peça fundamental
para a história.
O único
ponto de que não gostei, foi o fato do livro possuir alguns flashbacks, mesmo
ajudando no desenvolvimento de vários personagens e apresentando momentos
históricos muito legais, como na Babilônia e no Império
Romano, algumas partes se tornam muito arrastadas e cansativas.
O final é
surpreendente e, pelo menos pra mim, mais que satisfatório, Eduardo Spohr foi muito feliz em conseguir criar um
universo muito interessante e até certo ponto, complexo, explorando um ponto de
vista que eu nunca havia imaginado, estou muito ansioso para ler Herdeiros de
Atlântida e Anjos da Morte.
Bom, já deu
para perceber o quanto eu gostei do livro e que se eu fosse escrever tudo o que
eu queria contar sobre esta obra maravilhosa, eu provavelmente poderia escrever
um livro. Brincadeira, mas umas dez páginas seria bem plausível.

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