Resenha || Mistborn: Nascidos da Bruma - O Poço da Ascensão
Título da Série: Mistborn – Nascidos da Bruma
Título do Livro: O Poço da Ascensão (2º livro)
Autor: Brandon Sanderson
Autor: Brandon Sanderson
Editora/Tradução: LeYa/Petê Rissati
Páginas: 720
Ano de Publicação: 2015
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Outras resenhas da série: O Império Final (1º livro)
Outras resenhas da série: O Império Final (1º livro)
Sinopse “Numa sucessão de golpes de sorte, Elend Venture subiu ao trono de Luthadel, a principal cidade do Império Final. Nos meses que seguiram a queda do Senhor Soberano e a dissolução de seu governo, o novo rei revolucionou as relações entre os skaa - a classe social inferior - e os nobres e atraiu a atenção dos diversos governantes das outras partes do grande império. Dentro das muralhas de Luthadel, o perigo espreita de todos os lados. Assassinos de aluguel alomânticos ameaçam a vida do rei, a desconfiança generalizada faz a população temer pelos rumos da cidade e desejar o retorno do Senhor Soberano, e um inverno inclemente se aproxima. Elend, Vin e o bando de Kelsier tentam a todo o custo manter o controle, mas os piores inimigos ainda estão por vir. Fora das muralhas, arma-se um cerco militar gigantesco. À frente dele, Straff Venture, o pai de Elend, um tirano cruel e desesperado pelo poder, busca invadir Luthadel. Mas ele não está sozinho. Reviravoltas e surpresas marcam este segundo volume da trilogia Mistborn. O destino de todo o Império Final está envolto nas brumas, e apenas uma força sobrenatural será capaz de desvendar os mistérios que assolam seus habitantes.”
O segundo livro da trilogia Mistborn toma lugar após os eventos do fim do primeiro livro (O Império Final) e mesmo com tantas expectativas geradas pelo seu antecessor, O Poço da Ascensão nos proporciona uma agradável leitura. Bom, depois de uma história, que você pensou que levariam três livros para terminar, acabar logo no primeiro, fica a pergunta: e agora que eles venceram?
Mas... venceram mesmo?
Mas... venceram mesmo?
“— Você tem boas ideias, Elend Venture — Tindwyl comentou. — Ideias régias. Contudo, você não é um rei. Um homem pode liderar apenas quando os outros o aceitam como líder, e terá quanta autoridade seus subordinados lhe derem. Todas as ideias brilhantes do mundo não poderão salvar seu reino se ninguém quiser ouvi-las.”
A situação piora quando exércitos inimigos começam a ameaçar Luthadel (basicamente movidos pelo desejo de obter o atium), e dentre eles estão Straff Venture (pai de Elend), Cett (um estrategista), e Jastes Lekal (antigo colega de Elend) com seu exército de koloss.
“E essas figuras eram de um azul profundo. Variavam muito de tamanho: algumas tinham apenas um metro e meio, outras eram imensas e pesadas com três metros ou mais [...]. As criaturas – apesar de semelhantes aos homens em sua forma básica – nunca paravam de crescer. Simplesmente continuavam a ficar maiores ao passo que envelheciam, crescendo até seu coração não mais aguentar. Então morriam, assassinadas pelo próprio destino de crescer infinitamente.”
Ainda, rumores sobre as brumas aparecendo durante o dia e matando as pessoas fazem Vin se questionar sobre as últimas palavras do Senhor Soberano que agora começam a fazer sentido. Além disso, por diversas vezes vemos suas preocupações com relação basicamente a tudo: seu lugar no mundo, Elend, a pressão por ser uma Mistborn, Elend, encontrar uma solução para os problemas que surgiram após a morte do Senhor Soberano, e... Elend (o que chega a ser um pouco frustrante).
Mas quando ela decide ir para a luta, meu amigo, se prepare para uma excelente cena de ação. Brandon Sanderson parece querer nos mostrar que não existem limites para a Alomancia (e para Vin).
“Havia tantas coisas que exigiam sua atenção, e ela tentara prestar atenção a todas elas. Como resultado, não havia conseguido nada.”
Algo que foi bem perceptível neste livro foi a atenção que o autor teve em desenvolver seus personagens. Elend talvez seja o mais notável, é interessante ver como ele evolui ao longo do livro (tanto como rei quanto como Elend Venture). A primeira vez que entramos no capítulo de Zane é simplesmente incrível. E a relação entre Vin e OreSeur (um kandra) é muito legal de acompanhar.
Um último ponto que quero ressaltar: Kelsier. Ou melhor, a influência que ele possui – mesmo morto – entre os personagens e o povo em geral. O impacto que o Sobrevivente de Hathsin gerou foi o suficiente para que uma religião fosse fundada em seu nome (a Igreja do Sobrevivente). E muitas vezes, os personagens parecem se apoiar nele. É como se o autor nos dissesse que não somos os únicos com saudades do Kelsier.
No geral, é um ótimo livro. As cenas de luta continuam sendo muito bem feitas e criativas, os personagens são mais bem trabalhados e a trama... Sem palavras! Portanto tenha a certeza de que se você amou o primeiro livro, este você irá adorar.
E lembrem-se: sempre há outro segredo!
Este post foi escrito por Fabio Otsuka.
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