Viver sem ler é perigoso.

Me Livrando 11: Sarlack - O Grande Dragão Verde



Título: Sarlack - O Grande Dragão Verde 
Autor: Tiago Cabral
Editora: Kannak
Páginas: 173
Ano: 2013
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Onerix um gnomo feiticeiro; Jack, um humano druída; e Lion, um clérigo(!) morto-vivo, estavam numa taverna quando alguém entra e oferece uma recompensa pelo amuleto de um lich: um necromante maligno que assolava a floresta mágica de Yhilath.
Vivendo num mundo onde as pessoas se aventuram pra sobreviver, eles formam um dos piores e mais inusitados grupos de aventureiros das histórias de fantasia medieval e decidem dividir o prêmio. Assim começaria a maior aventura de suas vidas, pois eles nem imaginam que na floresta mágica de Yhilath segredos ocultos e muito mais perigosos que um lich os esperam. Afinal de contas lá mora SARLACK: O Grande Dragão Verde o último de seu tipo.




Vou começar essa resenha de um jeito diferente. Sarlack é um livro baseado em uma aventura de RPG de mesa, então prefiro começar com uma breve explicação do que é o RPG.
Imagine-se em um mundo medieval fantástico onde há todo tipo de raça e seres mágicos. Tente se inserir nesse mundo como um personagem. Crie este personagem a partir do zero escolhendo altura, cor dos olhos e cabelos, habilidades e defeitos, história de vida e tudo mais que quiser. Você interpreta o personagem que criou de acordo com o que escolheu para ele e então, depois de tudo pronto, parte para explorar o mundo em que foi colocado.
Vamos supor que tenha adotado o nome de Sryx, um meio-elfo que louva os espíritos selvagens como deuses e tornou-se um druida. Você parte em uma aventura para honrar os espíritos e defender sua floresta do exército Orc que está derrubando árvores para fazer máquinas de guerra.  Usando de suas habilidades druídicas, você assume a forma de um puma e escondido observa os Orcs pensando em uma forma de eliminá-los. Então, o que você faz? Irá atacar ou recuar? Tentará resolver o problema com diálogo?
O RPG de mesa é um jogo de interpretação onde um jogador desempenha o papel do mestre e narra o jogo enquanto os outros jogadores interpretam os personagens que criaram. O mestre cria a base da história que os personagens irão jogar. Eu como mestre posso definir uma aventura onde meus amigos terão que salvar uma princesa ou nobre e depois levá-la de volta para casa, porém no meio da aventura os jogadores por terem criado personagens "vilões", podem muito bem fazer a princesa de refém e cobrar pelo resgate dela. O mestre dá o caminho da história, mas são os personagens que decidem para qual lado irão. No RPG (role playing game) você pode interpretar lichs, ladrões, magos e guerreiros e é nesse tipo de jogo que Sarlack: O Grande Dragão Verde é inspirado.  Uma curiosidade é que Sarlack é escrito por um autor brasileiro.

O livro começa com o gnomo Onerix chegando à Cidade das Sombras em busca da famosa biblioteca da cidade que guarda muitos feitiços proibidos. Como um clichê de qualquer aventura de RPG, tudo começa em uma taverna. Nessa primeira parte do livro somos apresentados ao universo onde a história se passa. Temos anões, elfos, gnomos, goblins e mais dezenas de raças, cada uma com suas particularidades, e é muito legal a forma que isso influencia nos personagens. Várias piadas são feitas com base no estereótipo de cada raça o que torna a narrativa divertida e interessante.
Onerix estava na taverna que era um caos devido aos Orcs que ali bebiam. Um homem em uma armadura branca entra e propõe mil moedas de ouro para o aventureiro que matar o lich da floresta de Yhilath. Com essa proposta Onerix, conhece os outros dois personagens que viriam a entrar na aventura com ele. Um homem com inteligência um pouco limitada apresenta-se como Jack Hammer, um druida coberto de pelos que mal parece ser um homem. Também temos a piada pronta que é um clérigo morto-vivo, pois Lion é um esqueleto que passa a aventura toda fazendo piadas e trocadilhos com a morte.


A narrativa é simples e os poucos nomes complicados de se pronunciar são explicados em notas pelo autor. O livro é bem pequeno e é aquele tipo de livro que você lê em poucas horas, pois a narrativa é bem fluída. A história segue um fluxo de se desenrolar e depois desacelerar um pouco.  Não há uma trama muito rebuscada, contém personagens bons e engraçados, mas são muito pouco explorados então não espere nada muito aprofundado. Um ponto alto do livro é que ele possui algumas ilustrações de determinados momentos. 





Minhas Impressões

Sou um pouco rígido demais com um livro, mas na verdade eu só sou um chato mesmo. Esse é o tipo de livro que eu recomendo ler quando estiver com pouco tempo e quiser se entreter com uma boa história. A forma como o mundo a volta dos personagens é retratada é muito boa, pois o livro passa a ideia de como seria se existissem diversas raças com suas diversas diferenças e tudo isso convivendo diariamente. Elfos são imortais e chatos porque se acham sábios por terem lido livros que ninguém lembra que existem. Orcs são uns brutamontes com hábitos nojentos e bárbaros por natureza. Gnomos são seres mágicos até encontrarem um pote de ouro e passarem a pensar somente nisso. Por fim temos os Dragões, seres de poder gigantesco que quando adultos emanam uma aura que é capaz de mudar o local entorno deles.  Então se for ler Sarlack, se prepare para uma história sem momentos épicos, mas muito humor e várias piadas, personagens rasos, mas interessantes e um ótimo universo com uma grande variedade de seres fantásticos. É definitivamente um livro para ler durante uma viagem ou um momento em que queira uma história curta e fácil. 








Imagens retiradas da página oficial do livro no Facebook. Curta abaixo.







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