Viver sem ler é perigoso.

Me Livrando 07: O Hobbit


        Esse post deveria ter saído na segunda, mas sabem como é, né? Domingo foi meu aniversário <3, a família toda se reuniu em casa, as coisas acabaram tarde e eu fiquei meio que inválida e acabada pelo resto da segunda-feira. Terça, diferente dos planos, cheguei tarde demais da faculdade. Mas de hoje não passa! Espero que vocês curtam a resenha tanto quanto amei conhecer o Tolkien. Hoje teremos uma novidade aqui: o parágrafo minhas impressões, reservado para ataques fangirlings de todo o gênero. 

Título do Livro: O Hobbit
Autor: J. R. R. Tolkien
Editora/Tradução: WMF Martins Fontes/Almiro Pisetta e Lenita Maria Rimoli Esteves
Páginas: 297
Ano: 2012
Mais informações aqui.



Bilbo Bolseiro é um hobbit que leva uma vida confortável e sem ambições, raramente aventurando-se para além de sua despensa ou sua adega. Mas seu contentamento é perturbado quando Gandalf, o mago, e uma companhia de anões batem à sua porta e levam-no para uma expedição. Eles têm um plano para roubar o tesouro guardado por Smaug, o Magnifíco, um grande e perigoso dragão. Biblo reluta muito em participar da aventura, mas acaba surpreendendo até a si mesmo com sua esperteza e sua habilidade como ladrão! 



        Li esse livro por um pequeno trato que fiz com a Cris do Leitores Forever (eu leria Tolkien e ela, Martin), além de uma influência/insistência do meu namorado, resolvi ler O Hobbit. Provavelmente lê-lo foi um dos meus melhores acertos.




        Logo no primeiro capítulo somos apresentados ao protagonista, tendo como introdução a famosa frase: "Numa toca no chão vivia um hobbit". Mas quem é Bilbo Bolseiro? Filho de Bungo Bolseiro, ele é pacato e só quer ter uma vida de paz sem aventuras ou riscos. No entanto, também é filho de Beladona Tûk - e esse lado da família, meus amigos... Esse lado era conhecido por vez ou outra sair em busca de aventuras e jamais retornar. Então claro que Bilbo possuía um lado aventuresco, mas preferia ignorá-lo. Tão respeitado e amado pelos vizinhos, quem se incomodaria em se meter com essas coisas ocultas e perigosas da vida chamadas de - argh! - aventuras? Não, muito obrigada! Bilbo estava bem com sua despensa e adegas cheias, o cachimbo nos lábios e uma paz na alma. Até que Gandalf aparece.


Esta é a história de como um Bolseiro teve uma aventura, e se viu fazendo e dizendo coisas totalmente inesperadas. Ele pode ter perdido o respeito dos seus vizinhos, mas ganhou - bem, vocês vão ser se ele ganhou alguma coisa no final.

        Gandalf acaba colocando Bilbo numa aventura da qual ele jamais quis tomar parte, pelo menos no começo. E após um breve encontro e diálogo entre os dois, sem imaginar nada, Bilbo acaba sendo escolhido para participar talvez da maior das aventuras. Junto com uma companhia de treze anões e meio relutante, ele tem uma longa jornada a cumprir: retomar a Montanha Solitária que pertenceu aos antepassados de Thorin Escudo de Carvalho, o verdadeiro Rei Sob a Montanha, das garras de Smaug, o Magnífico, um dragão terrível que se apossou da montanha por conta do ouro encerrado nela, destruindo tudo ao redor num raio de milhas para não apenas matar a fome, mas roubar e acumular mais riqueza.
        Bilbo, Gandalf, Thorin e companhia passam pelas mais terríveis e regozijantes aventuras, muitas delas sem a ajuda do mago, que geralmente aparece em momentos cruciais da história para salvar a todos, ou pelo menos assim era no início - depois vemos como Bilbo se esforça e consegue livrar os novos amigos das mortes mais terríveis. São capturados e quase devorados por trolls; caem em armadilhas de orcs e matam o Grão-Orc; elfos da floresta mantêm todos em cativeiro, com exceção de Bilbo - que inclusive viveu uma aventura particular com a criatura Gollum, momento em que se apossa do Anel que o deixa invisível -; enfrentam dezenas (ou centenas) de aranhas gigantes que querem banquetear-se com sua carne de hobbit e anões... E assim sua jornada acontece, com mais baixos do que altos, e podemos ver que a maior preocupação de Bilbo é não possuir comida suficiente para realizar todas as refeições de um hobbit (mais ou menos seis ao dia). Vale citar o aparecimento de Elrond, que os abriga na Última Casa Amiga; Beorn, um troca-peles rude mas amigável; O Senhor das Águias, que os ajuda não apenas uma vez; e Bard, que se torna o líder da cidade de Valle e tem um papel importantíssimo na história, mesmo que só apareça no final.



Há mais coisas boas em você do que você sabe, filho do gentil Oeste. Alguma coragem e alguma sabedoria, misturadas na medida certa. Se mais de nós dessem mais valor a comida, bebida e música do que a tesouros, o mundo seria mais alegre.


Minhas Impressões

        O modo de escrita de Tolkien neste livro é simplesmente incrível. A narração conversa com o leitor, o aproxima. Ele começa a falar de algo, então vê que nos é desconhecido e se interrompe para explicar o que é aquilo, para depois continuar o que falava no início. Achei brilhante o modo como conseguiu manusear essa artifício sem nos deixar imersos em confusão. Também tem a sucessão de verbos que Tolkien utiliza para demonstrar acontecimentos apressados, o que é interessante. Vários autores já tentaram fazer o mesmo, mas só com ele vi dar genuinamente certo. Adorei todo o enredo, a construção dos personagens, os diálogos e as músicas. É um livro que com certeza lerei aos meus filhos antes que durmam. Quer melhor incentivo para a leitura para crianças do que esse livro maravilhoso? Não existe. Tolkien não ganhou apena uma leitora, mas também uma fã.



       


        Sobre as ilustrações: todas feitas pelas mãos do próprio Tolkien. Estou apaixonada por essa edição, que dei para meu namorado em nosso aniversário de 6 meses namoro, e pensando seriamente em roubá-la para mim. Para finalizar, conheçam o Salão do Beorn:







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